alexandrev8
20-03-07, 09:47
Essa materia sai no jornal Hoje de Goias 20.03.2007 Link http://www.hojenoticia.com.br/editoria_materia.php?id=8050
Ex-oficial de Justiça fere 10 no trânsito
Marjorie Avelar
http://www.hojenoticia.com.br/foto_site.php?pasta=001&inicial=0&arq=3e287e48af4fe2b9a5aa902f46bc8611d41d8cd98f00b2 04e9800998ecf8427ed41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&alt=314&larg=418.666666667
O oficial de justiça aposentado Hélio Torres deixou dez pessoas feridas na noite de domingo, 18, na Avenida Contorno quase esquina com a Rua SC-13, no Setor Jardim Colorado II, em Goiânia. Segundo testemunhas, ele dirigia em alta velocidade um veículo Daewoo, placa DMI 1800, de Goiânia, quando atropelou o casal Márcio Pereira de Brito e Silvaneide Maria da Silva Brito, ambos de 19 anos, e o filho deles J.C.S.B., de 10 meses. Os três estavam em uma bicicleta. O motorista fugiu do local sem prestar socorro. Mais à frente, Torres bateu frontalmente contra um Gol com seis pessoas, além de uma motocicleta. As seis vítimas se feriram levemente. O motociclista teve fratura exposta na perna. As 10 pessoas foram levadas para o Hospital de Urgências de Goiânia em quatro ambulâncias. Uma viatura da Polícia Militar compareceu ao local, mas, segundo testemunhas, não prendeu Hélio Torres.
De acordo com Grivalda Barros Macedo, 33, o ex-oficial de justiça estava visivelmente embriagado. “Quando esse motorista, conhecido em nossa região, passa na rua de carro, é sempre em alta velocidade. Ele estava bêbado. O problema é que os policiais militares que atenderam à ocorrência não o prenderam. A lei só vale para os pobres”, reclamou Grivalda, moradora da região, que testemunhou o atropelamento do casal e a criança, ocorrido por volta das 21 horas.
AMEAÇA
Conforme Grivalda, moradores da região ameaçaram apedrejar o veículo, que Hélio Torres queria retirar do local do acidente. “Nós íamos fazer justiça. Quando os PMs chegaram, ele já estava indo embora. Questionamos se tudo que ele fez ficaria impune. Os policiais colocaram o homem no carro e o levaram até a casa dele, sem registrar ocorrência”, denuncia. Outra testemunha, que anotou a placa do carro, foi ameaçada pelo filho de Hélio Torres, que apareceu logo após o acidente. “O rapaz perguntou se nosso vizinho era louco de anotar a placa e se tinha ‘peito de aço’”, ressaltou um morador, que preferiu não ser identificado. Outra moradora, que fotografou as cenas do acidente, também teria sido ameaçada pelo filho do oficial aposentado.
O delegado Daniel Felipe Diniz Adorno, responsável pelo 21° Distrito Policial de Goiânia, que atende à região do Jardim Colorado II, esteve no local somente ontem, pois ficou sabendo, por terceiros, sobre o acidente. “O 21° DP não tem plantão nos fins de semana, portanto, a ocorrência deveria ter sido registrada em outra delegacia, mas isso não ocorreu nem no 5° DP, 13° DP nem na Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT). Pelo que verifiquei, nem o boletim de ocorrências foi registrado”, informou o delegado. O delegado Daniel Adorno disse que vai hoje às casas das vítimas para levá-las à Corregedoria da PM. “Foi um absurdo o que os policias fizeram ao não prender o motorista, principalmente porque as testemunhas garantiram que ele estava embriagado”, disse.
Mãe de Silvaneide, uma das vítimas do acidente de domingo no Jardim Colorado II, Renilda Maria de Oliveira da Silva, 43 anos, está desesperada. Ela, o genro Márcio Pereira de Brito e Silvaneide, que moravam até novembro do ano passado no município de Doverlândia (GO), estão desempregados. “Sou aposentada por invalidez e ganho um salário mínimo mensalmente. Vim para Goiânia para tratar de problema cardíaco e pressão alta. Minha filha está com dois nódulos no seio. O médico suspeita que seja câncer”, contou, ao lamentar o acidente.
A filha havia arranjado um emprego de costureira no sábado, 17, um dia antes do acidente. “Ela iria ganhar 442 reais por mês. Não temos dinheiro para nada. Queremos justiça, pois quem causou esse acidente deveria arcar com as despesas médicas”, completou a mãe.
Márcio Pereira, marido de Silvaneide, ficou bastante machucado. Gemendo de dor, ele disse que não fez nenhum exame no Hugo. “Não fiz chek-up nenhum, porque fiquei mais preocupado com minha esposa. Ela teve fratura exposta no fêmur e ainda torceu o joelho”, contou Márcio, enquanto segurava o filho J.C. nos braços. O menino, de apenas 10 meses, estava com o ombro e o braço enfaixados, porque quebrou a clavícula. “O problema maior foi o motorista nos atropelar e fugir sem prestar socorro”, reclamou.
2 MIL EM MULTAS
O veículo Daewoo placa DMI 1800 envolvido no acidente é alienado ao Banco Santander (alienação fiduciária) e está em nome de Lucília de Souza. Além do pagamento do licenciamento estar em aberto, o carro tem 16 infrações de trânsito, totalizando R$ 1.791,94 em multas. Entre elas, duas por dirigir utilizando fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular; outra por dirigir na contramão em vias com sinalização de regulamentação de sentido único de circulação; uma por transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local.
Ex-oficial de Justiça fere 10 no trânsito
Marjorie Avelar
http://www.hojenoticia.com.br/foto_site.php?pasta=001&inicial=0&arq=3e287e48af4fe2b9a5aa902f46bc8611d41d8cd98f00b2 04e9800998ecf8427ed41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&alt=314&larg=418.666666667
O oficial de justiça aposentado Hélio Torres deixou dez pessoas feridas na noite de domingo, 18, na Avenida Contorno quase esquina com a Rua SC-13, no Setor Jardim Colorado II, em Goiânia. Segundo testemunhas, ele dirigia em alta velocidade um veículo Daewoo, placa DMI 1800, de Goiânia, quando atropelou o casal Márcio Pereira de Brito e Silvaneide Maria da Silva Brito, ambos de 19 anos, e o filho deles J.C.S.B., de 10 meses. Os três estavam em uma bicicleta. O motorista fugiu do local sem prestar socorro. Mais à frente, Torres bateu frontalmente contra um Gol com seis pessoas, além de uma motocicleta. As seis vítimas se feriram levemente. O motociclista teve fratura exposta na perna. As 10 pessoas foram levadas para o Hospital de Urgências de Goiânia em quatro ambulâncias. Uma viatura da Polícia Militar compareceu ao local, mas, segundo testemunhas, não prendeu Hélio Torres.
De acordo com Grivalda Barros Macedo, 33, o ex-oficial de justiça estava visivelmente embriagado. “Quando esse motorista, conhecido em nossa região, passa na rua de carro, é sempre em alta velocidade. Ele estava bêbado. O problema é que os policiais militares que atenderam à ocorrência não o prenderam. A lei só vale para os pobres”, reclamou Grivalda, moradora da região, que testemunhou o atropelamento do casal e a criança, ocorrido por volta das 21 horas.
AMEAÇA
Conforme Grivalda, moradores da região ameaçaram apedrejar o veículo, que Hélio Torres queria retirar do local do acidente. “Nós íamos fazer justiça. Quando os PMs chegaram, ele já estava indo embora. Questionamos se tudo que ele fez ficaria impune. Os policiais colocaram o homem no carro e o levaram até a casa dele, sem registrar ocorrência”, denuncia. Outra testemunha, que anotou a placa do carro, foi ameaçada pelo filho de Hélio Torres, que apareceu logo após o acidente. “O rapaz perguntou se nosso vizinho era louco de anotar a placa e se tinha ‘peito de aço’”, ressaltou um morador, que preferiu não ser identificado. Outra moradora, que fotografou as cenas do acidente, também teria sido ameaçada pelo filho do oficial aposentado.
O delegado Daniel Felipe Diniz Adorno, responsável pelo 21° Distrito Policial de Goiânia, que atende à região do Jardim Colorado II, esteve no local somente ontem, pois ficou sabendo, por terceiros, sobre o acidente. “O 21° DP não tem plantão nos fins de semana, portanto, a ocorrência deveria ter sido registrada em outra delegacia, mas isso não ocorreu nem no 5° DP, 13° DP nem na Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT). Pelo que verifiquei, nem o boletim de ocorrências foi registrado”, informou o delegado. O delegado Daniel Adorno disse que vai hoje às casas das vítimas para levá-las à Corregedoria da PM. “Foi um absurdo o que os policias fizeram ao não prender o motorista, principalmente porque as testemunhas garantiram que ele estava embriagado”, disse.
Mãe de Silvaneide, uma das vítimas do acidente de domingo no Jardim Colorado II, Renilda Maria de Oliveira da Silva, 43 anos, está desesperada. Ela, o genro Márcio Pereira de Brito e Silvaneide, que moravam até novembro do ano passado no município de Doverlândia (GO), estão desempregados. “Sou aposentada por invalidez e ganho um salário mínimo mensalmente. Vim para Goiânia para tratar de problema cardíaco e pressão alta. Minha filha está com dois nódulos no seio. O médico suspeita que seja câncer”, contou, ao lamentar o acidente.
A filha havia arranjado um emprego de costureira no sábado, 17, um dia antes do acidente. “Ela iria ganhar 442 reais por mês. Não temos dinheiro para nada. Queremos justiça, pois quem causou esse acidente deveria arcar com as despesas médicas”, completou a mãe.
Márcio Pereira, marido de Silvaneide, ficou bastante machucado. Gemendo de dor, ele disse que não fez nenhum exame no Hugo. “Não fiz chek-up nenhum, porque fiquei mais preocupado com minha esposa. Ela teve fratura exposta no fêmur e ainda torceu o joelho”, contou Márcio, enquanto segurava o filho J.C. nos braços. O menino, de apenas 10 meses, estava com o ombro e o braço enfaixados, porque quebrou a clavícula. “O problema maior foi o motorista nos atropelar e fugir sem prestar socorro”, reclamou.
2 MIL EM MULTAS
O veículo Daewoo placa DMI 1800 envolvido no acidente é alienado ao Banco Santander (alienação fiduciária) e está em nome de Lucília de Souza. Além do pagamento do licenciamento estar em aberto, o carro tem 16 infrações de trânsito, totalizando R$ 1.791,94 em multas. Entre elas, duas por dirigir utilizando fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular; outra por dirigir na contramão em vias com sinalização de regulamentação de sentido único de circulação; uma por transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local.