Carlos Roberto
20-04-07, 17:39
Tava lendo no motorline a seção Recados para Tite eum tópico chamado Kaos X Controle. Notei, principalmentes no testo do próprio Tite, um certo preconceito de classe média em relãção aos pobres. Claro que todo mundo tem a sua opinião e deve ser respeitada. E a minha opinião sobre aqueles comentários é de que são preconceituosos. Respondi com o texto abaixo:
Gosto de falar de política e tenho uma boa memória de tudo que vivi e vi desde o nascimento da minha consciência política. Nasci em 1968, um ano que marcou muito nosso País e, cujos os fatos, me condenaram a desinteresse, a preconceitos e a falta de conhecimento do que é política, mas que, como um milagre, consegui reverter na segunda metade da década de 80.
Ouço muitas críticas sobre nossos governantes e, com razão, críticas ao Partido dos Trabalhadores. Desde o período que comecei a votar, nos anos 80, pois em Brasília, onde sempre vivi, não votavamos pra nada, comecei a perceber que as pessoas que pensavam mais em política, principalmente os de idéias mais a "esquerda", pois os de "direita" queriam mesmo era emprego de um candidato, pensavam em salvadores da Pátria. Entendiam que aquele candidato, sem vínculo aparente com os políticos do regime, poderia consertar nosso País. Eu mesmo sempre fui eleitor do PT, do PCdoB, do PCB e do PDT. Mas sabia, não sei porque, que deveria haver mais que candidatos e partidos pra "salvar a Pátria". Sempre entendi que o Lula, mesmo eleito sem precisar se vincular aos antigos donos do poder, não poderia fazer os milagres que prometia. Mas msmo assim votava e votei nele nas últimas eleições. Porque? Ele ainda representa bem mais avanços do que a galerinha da Arena, que virou PDS, que virou PFL, que agora é Democrático. É mais que aquela oposição forjada chamada MDB, que virou PMDB, a qual uma parte virou PSDB pra se juntar com os hoje Democráticos.
O PT e o Lula também se juntou a eles e isso me chateia, claro. Mas ainda prefiro fazer do Lula, ou qualquer outro canditado que foi a esquerda daquela época que me privou tanto, o um governante que, de alguma forma, impede o poder total desses eternos parasitas do estado, do que dar o poder direto pra eles, como fizemos no período FHC.
Não sou contente com nenhum partido ou político, mas é meu direito, mais que dever, escolher e disso não me privo. Eles podem me privar do meu voto um dia, mas eu não faço isso comigo mesmo...Nunca...E, quando voto, entendo que não estarei escolhendo a perfeição, pois a perfeição está apenas no meu desejo de mudança para algo melhor e mais justo. Então eu tenho que tentar ser melhor e mais justo, tornando a soma deste sonho com os sonhos de outros que pensam parecido comigo, fazer as mudanças, devagar como a história exige.
Outro comentário. Vejo sempre a classe média reclamar dos atuais governantes, sejam do PT, sejam do PSDB e sempre jogando a culpa nos pobres, aquela maioria que elege. Mas também vejo a classe média estar nem aí para as classes mais abaixo, no caso do Brasil, bem mais embaixo, a não ser no natal, quando a solidariedade cristã bate mais forte e a consciência pesa depois, quando descansamos das compras nos shopping. Classe média, cujos os filhos gastam o dinheiro suado dos pais nas bocas de fumo, sustentando o tráfico e os bandidos que tanto nos causam indignação por causa de tanta violência.
Violência, por sinal, que enquanto ficasse nas favelas, não seria tão grande assim, pois, afinal, a nossa classe não costuma ler os Notícias Populares.
Gosto de falar de política e tenho uma boa memória de tudo que vivi e vi desde o nascimento da minha consciência política. Nasci em 1968, um ano que marcou muito nosso País e, cujos os fatos, me condenaram a desinteresse, a preconceitos e a falta de conhecimento do que é política, mas que, como um milagre, consegui reverter na segunda metade da década de 80.
Ouço muitas críticas sobre nossos governantes e, com razão, críticas ao Partido dos Trabalhadores. Desde o período que comecei a votar, nos anos 80, pois em Brasília, onde sempre vivi, não votavamos pra nada, comecei a perceber que as pessoas que pensavam mais em política, principalmente os de idéias mais a "esquerda", pois os de "direita" queriam mesmo era emprego de um candidato, pensavam em salvadores da Pátria. Entendiam que aquele candidato, sem vínculo aparente com os políticos do regime, poderia consertar nosso País. Eu mesmo sempre fui eleitor do PT, do PCdoB, do PCB e do PDT. Mas sabia, não sei porque, que deveria haver mais que candidatos e partidos pra "salvar a Pátria". Sempre entendi que o Lula, mesmo eleito sem precisar se vincular aos antigos donos do poder, não poderia fazer os milagres que prometia. Mas msmo assim votava e votei nele nas últimas eleições. Porque? Ele ainda representa bem mais avanços do que a galerinha da Arena, que virou PDS, que virou PFL, que agora é Democrático. É mais que aquela oposição forjada chamada MDB, que virou PMDB, a qual uma parte virou PSDB pra se juntar com os hoje Democráticos.
O PT e o Lula também se juntou a eles e isso me chateia, claro. Mas ainda prefiro fazer do Lula, ou qualquer outro canditado que foi a esquerda daquela época que me privou tanto, o um governante que, de alguma forma, impede o poder total desses eternos parasitas do estado, do que dar o poder direto pra eles, como fizemos no período FHC.
Não sou contente com nenhum partido ou político, mas é meu direito, mais que dever, escolher e disso não me privo. Eles podem me privar do meu voto um dia, mas eu não faço isso comigo mesmo...Nunca...E, quando voto, entendo que não estarei escolhendo a perfeição, pois a perfeição está apenas no meu desejo de mudança para algo melhor e mais justo. Então eu tenho que tentar ser melhor e mais justo, tornando a soma deste sonho com os sonhos de outros que pensam parecido comigo, fazer as mudanças, devagar como a história exige.
Outro comentário. Vejo sempre a classe média reclamar dos atuais governantes, sejam do PT, sejam do PSDB e sempre jogando a culpa nos pobres, aquela maioria que elege. Mas também vejo a classe média estar nem aí para as classes mais abaixo, no caso do Brasil, bem mais embaixo, a não ser no natal, quando a solidariedade cristã bate mais forte e a consciência pesa depois, quando descansamos das compras nos shopping. Classe média, cujos os filhos gastam o dinheiro suado dos pais nas bocas de fumo, sustentando o tráfico e os bandidos que tanto nos causam indignação por causa de tanta violência.
Violência, por sinal, que enquanto ficasse nas favelas, não seria tão grande assim, pois, afinal, a nossa classe não costuma ler os Notícias Populares.