TorteX
04-11-07, 21:13
E chegou ao fim a carreira do nosso piloto brasileiro Alex Barros...
Unico brasileiro na maior categoria do motociclismo, o MotoGp...
Aqui vai uma breve historia da vida dele...
Alexandre Barros é um caso isolado de sucesso, sendo o único representante brasileiro de um esporte de pouca expressão no país. Esporte esse, que ao contrário do automobilismo, no qual o Brasil renova seus campeões com freqüência impressionante, não é tão reconhecido pelo público. Provavelmente o piloto mais experiente da Motovelocidade, Alexandre assinou seu primeiro contrato como profissional em 1978.
Depois de uma grande temporada em 2002, quando ficou com o quarto lugar na classificação geral, Alex Barros não conseguiu repetir o sucesso em 2003. Pilotando uma Yamaha Gauloises Tech 3, o brasileiro não conseguiu embalar e ficou longe da briga pelo título da categoria, contrariando suas previsões iniciais. Barros terminou a temporada em nono lugar, com apenas uma vitória no ano.
Para 2004, a promessa era outra. Pilotando uma Honda/Repsol, equipe campeã de 2003 com Valentino Rossi, Alexandre Barros tinha muitas expectativas, que também acabaram frustradas com mais um quarto lugar no Mundial, levando-o para a Honda/Camel.
Início de carreira - Alexandre Abrahão de Barrros nasceu em São Paulo, no dia 18 de outubro de 1970. Seu envolvimento com motos teve início quando o piloto tinha apenas três anos e seu pai, Antônio Maria Coelho de Barros, que era ciclista, lhe deu uma moto.
Aos sete anos começou a correr o campeonato paulista de ciclomotor, disputado em mobiletes, e em 1980, com nove anos, já era bicampeão da categoria. Em 1981, foi quarto colocado no campeonato paulista de motociclismo na categoria 125cc especial e vencedor da "Prova dos Campeões", disputada em 1982 no Rio. No ano seguinte se consagrou vice-campeão paulista e 3° colocado no campeonato brasileiro, além de ser o recordista na pista de Interlagos em todas as categorias que disputou .
Nesse momento, com 13 anos, Alexandre já trilhou em sua mente o seu destino. Seu objetivo: disputar o mundial de 500cc ao lado dos pilotos mais velozes do mundo e como o seu ídolo, o norte-americano Kennet Roberts, se tornar um campeão.
Para realizar seu sonho Alexandre não mediu esforços. Em 1985, quando era a sensação correndo de minibikes em São Paulo, foi mandado para a Espanha. O jovem piloto mentiu a idade, pois era preciso ter mais de 18 anos para disputar o campeonato Mundial de 80cc. Ele fez sua estréia aos 15 anos. Impressionou a Europa em 1986 ao vencer o Grande Prêmio da Espanha de 80cc.
Não demorou muito e o promissor piloto da 80cc, mudou para a 250cc em 1989, antes de realizar seu sonho e ser contratado para correr pela Cagiva na categoria 500cc em 1990, quando ainda era um adolescente.
Após três valorosos anos, Alexandre foi para a Suzuki, onde conseguiu alcançar o sucesso e a primeira vitória na última corrida da temporada de 93, depois de estar perto do primeiro lugar em duas provas. Após duas temporadas não tão bem sucedidas na Suzuki, mudou para a Honda V4. Em seguida, passou a utilizar uma Honda V-twin, com a qual venceu a Copa IRTA em 1997. Já na temporada de 1998, retornou ao modelo Honda V4. Em 1999, o brasileiro foi para a Honda Pons com o mesmo modelo de máquina e, mesmo perdendo alguns dos treinos de pré-temporada, continuou na Honda Pons em 2000, tendo Loris Capirossi como seu companheiro de equipe. Nesse ano fez sua primeira pole, no Grande Prêmio da Itália e conquistou duas vitórias.
De contrato renovado em de outubro de 2001, o brasileiro começou a trilhar os caminhos daquela que seria sua melhor temporada na categoria. Em 2002, Alexandre venceu duas vezes: nos GPs do Pacífico (Motegi, Japão) e de Valência (na Espanha, última prova do campeonato). O piloto ainda chegou entre os três primeiros em seis corridas e deixou de completar apenas duas provas, o que contribuiu para a soma dos seus 204 pontos.
Em 2003, no entanto, Barros não conseguiu repetir as boas corridas de 2002. Pilotando uma Yamaha, o brasileiro somou 101 pontos no ano e ficou com o nono lugar na classificação geral. O título ficou com o italiano Valentino Rossi. A única vitória de Barros no ano aconteceu na Malásia. A segunda melhor posição do brasileiro foi um quarto lugar no GP do Brasil.
Habilidade até debaixo d'água - A fama de que pilotos brasileiros são talentosos até em enxurradas pode ser confirmada inclusive sobre duas rodas. O Grande Prêmio da Itália, em Mugello, quinta etapa do Mundial de 2001, vencido por Alexandre Barros, comprova isso. A corrida foi marcada pela chuva torrencial, que chegou a interromper a prova, e pelo brilhante desempenho do brasileiro em pista molhada.
Embora tenha cruzado a linha de chegada em segundo, o brasileiro teve o melhor desempenho na soma dos tempos das duas baterias que acabaram sendo realizadas. Seu companheiro na equipe Honda Pons, o italiano Loris Capirossi, foi o segundo colocado, seguido pelo também italiano Max Biaggi, na terceira colocação. A prova foi iniciada com pista seca, mas a partir da quinta volta a forte chuva passou a comprometer a segurança dos pilotos e na sétima volta o diretor da corrida decidiu paralisar a prova.
Depois da troca dos pneus lisos pelos pneus biscoito - vale lembrar que no motociclismo os pneus têm papel fundamental, existindo mais de 20 modelos que podem ser utilizados em uma prova - os pilotos voltaram a pista para uma segunda bateria de 16 voltas. Na pista molhada Barros teve dificuldades para manter sua Honda com o mesmo desempenho apresentado na pista seca, mas a performance de Alexandre na chuva foi muito superior à dos demais pilotos e manteve o brasileiro na primeira colocação na soma dos tempos das duas baterias. O líder do campeonato, o italiano Valentino Rossi, estava na primeira colocação da segunda bateria até a queda na última volta.
Receitas de um campeão - Lutando contra o descaso de muitos, Alexandre conquistou a primeira vitória brasileira no Mundial de Motovelocidade, categoria 500cc, no GP da Europa, em Jerez de La Frontera, na Espanha, em 1993, quando pilotava para a Suzuki. Mas para tanto, o piloto teve de ser persistente superando o ostracismo e as críticas dos anos em que representou a Cagiva -1990, 1991, 1992; 12º , 13º e 13º posições respectivamente.
Nesta caminhada foi essencial a ajuda do campeão mundial, companheiro de equipe na Cagiva, Eddie Lawson. Segundo Alexandre, Lawson lhe ensinou alguns truques na pista para ser mais rápido, como por exemplo, não brecar dentro da curva, mas pouco antes dela, ganhando velocidade na reta.
Lawson também colaborou com o brasileiro fora dos circuitos, mostrando o funcionamento do "universo das 500cc". Alexandre passou então a perceber nos gestos e atos do campeão, uma espontaneidade e um desprendimento que o ajudaram a vencer. Com a receita de Lawson, o brasileiro conquistou outras vitórias nos anos seguintes e não pretende parar por aí.
Tranqüilidade e fé - Apesar de correr a mais de 300 quilômetros por hora em uma moto, Alexandre é uma pessoa calma e que encontra na família o seu grande passatempo. Seus filhos são o grande estimulo, somente no momento em que está em cima de uma moto é que o piloto deixa a família de lado, para se dedicar 100% ao esporte.
Alexandre atualmente mora seis meses do ano na Europa, em Porto Olímpico - região que se transformou em bairro depois das Olimpíadas de Barcelona, em 1992. O local foi escolhido por ter um clima semelhante ao do Brasil, pela língua e pelo aeroporto que está bem conectado com o resto do mundo. É de Barcelona que o piloto se desloca para disputar as provas de Motovelocidade. Na outra metade do ano, Alexandre mora em São Paulo.
Quando questionado sobre o que passa em sua mente durante uma corrida, o piloto disse sentir-se a pessoa mais feliz do mundo, mas mantendo a concentração para fazer a melhor curva, sempre o mais rápido possível para obter a maior velocidade na reta, seguindo a obsessão de se aperfeiçoar a cada volta.
Comparado aos demais pilotos, Alexandre é bastante calmo. Talvez o segredo para tamanha tranqüilidade esteja na oração que o piloto sempre faz antes de entrar na pista, ritual que ele denomina como uma "oração pessoal".
http://www.gazetaesportiva.net/idolos/motor/barros/abertura.htm
Unico brasileiro na maior categoria do motociclismo, o MotoGp...
Aqui vai uma breve historia da vida dele...
Alexandre Barros é um caso isolado de sucesso, sendo o único representante brasileiro de um esporte de pouca expressão no país. Esporte esse, que ao contrário do automobilismo, no qual o Brasil renova seus campeões com freqüência impressionante, não é tão reconhecido pelo público. Provavelmente o piloto mais experiente da Motovelocidade, Alexandre assinou seu primeiro contrato como profissional em 1978.
Depois de uma grande temporada em 2002, quando ficou com o quarto lugar na classificação geral, Alex Barros não conseguiu repetir o sucesso em 2003. Pilotando uma Yamaha Gauloises Tech 3, o brasileiro não conseguiu embalar e ficou longe da briga pelo título da categoria, contrariando suas previsões iniciais. Barros terminou a temporada em nono lugar, com apenas uma vitória no ano.
Para 2004, a promessa era outra. Pilotando uma Honda/Repsol, equipe campeã de 2003 com Valentino Rossi, Alexandre Barros tinha muitas expectativas, que também acabaram frustradas com mais um quarto lugar no Mundial, levando-o para a Honda/Camel.
Início de carreira - Alexandre Abrahão de Barrros nasceu em São Paulo, no dia 18 de outubro de 1970. Seu envolvimento com motos teve início quando o piloto tinha apenas três anos e seu pai, Antônio Maria Coelho de Barros, que era ciclista, lhe deu uma moto.
Aos sete anos começou a correr o campeonato paulista de ciclomotor, disputado em mobiletes, e em 1980, com nove anos, já era bicampeão da categoria. Em 1981, foi quarto colocado no campeonato paulista de motociclismo na categoria 125cc especial e vencedor da "Prova dos Campeões", disputada em 1982 no Rio. No ano seguinte se consagrou vice-campeão paulista e 3° colocado no campeonato brasileiro, além de ser o recordista na pista de Interlagos em todas as categorias que disputou .
Nesse momento, com 13 anos, Alexandre já trilhou em sua mente o seu destino. Seu objetivo: disputar o mundial de 500cc ao lado dos pilotos mais velozes do mundo e como o seu ídolo, o norte-americano Kennet Roberts, se tornar um campeão.
Para realizar seu sonho Alexandre não mediu esforços. Em 1985, quando era a sensação correndo de minibikes em São Paulo, foi mandado para a Espanha. O jovem piloto mentiu a idade, pois era preciso ter mais de 18 anos para disputar o campeonato Mundial de 80cc. Ele fez sua estréia aos 15 anos. Impressionou a Europa em 1986 ao vencer o Grande Prêmio da Espanha de 80cc.
Não demorou muito e o promissor piloto da 80cc, mudou para a 250cc em 1989, antes de realizar seu sonho e ser contratado para correr pela Cagiva na categoria 500cc em 1990, quando ainda era um adolescente.
Após três valorosos anos, Alexandre foi para a Suzuki, onde conseguiu alcançar o sucesso e a primeira vitória na última corrida da temporada de 93, depois de estar perto do primeiro lugar em duas provas. Após duas temporadas não tão bem sucedidas na Suzuki, mudou para a Honda V4. Em seguida, passou a utilizar uma Honda V-twin, com a qual venceu a Copa IRTA em 1997. Já na temporada de 1998, retornou ao modelo Honda V4. Em 1999, o brasileiro foi para a Honda Pons com o mesmo modelo de máquina e, mesmo perdendo alguns dos treinos de pré-temporada, continuou na Honda Pons em 2000, tendo Loris Capirossi como seu companheiro de equipe. Nesse ano fez sua primeira pole, no Grande Prêmio da Itália e conquistou duas vitórias.
De contrato renovado em de outubro de 2001, o brasileiro começou a trilhar os caminhos daquela que seria sua melhor temporada na categoria. Em 2002, Alexandre venceu duas vezes: nos GPs do Pacífico (Motegi, Japão) e de Valência (na Espanha, última prova do campeonato). O piloto ainda chegou entre os três primeiros em seis corridas e deixou de completar apenas duas provas, o que contribuiu para a soma dos seus 204 pontos.
Em 2003, no entanto, Barros não conseguiu repetir as boas corridas de 2002. Pilotando uma Yamaha, o brasileiro somou 101 pontos no ano e ficou com o nono lugar na classificação geral. O título ficou com o italiano Valentino Rossi. A única vitória de Barros no ano aconteceu na Malásia. A segunda melhor posição do brasileiro foi um quarto lugar no GP do Brasil.
Habilidade até debaixo d'água - A fama de que pilotos brasileiros são talentosos até em enxurradas pode ser confirmada inclusive sobre duas rodas. O Grande Prêmio da Itália, em Mugello, quinta etapa do Mundial de 2001, vencido por Alexandre Barros, comprova isso. A corrida foi marcada pela chuva torrencial, que chegou a interromper a prova, e pelo brilhante desempenho do brasileiro em pista molhada.
Embora tenha cruzado a linha de chegada em segundo, o brasileiro teve o melhor desempenho na soma dos tempos das duas baterias que acabaram sendo realizadas. Seu companheiro na equipe Honda Pons, o italiano Loris Capirossi, foi o segundo colocado, seguido pelo também italiano Max Biaggi, na terceira colocação. A prova foi iniciada com pista seca, mas a partir da quinta volta a forte chuva passou a comprometer a segurança dos pilotos e na sétima volta o diretor da corrida decidiu paralisar a prova.
Depois da troca dos pneus lisos pelos pneus biscoito - vale lembrar que no motociclismo os pneus têm papel fundamental, existindo mais de 20 modelos que podem ser utilizados em uma prova - os pilotos voltaram a pista para uma segunda bateria de 16 voltas. Na pista molhada Barros teve dificuldades para manter sua Honda com o mesmo desempenho apresentado na pista seca, mas a performance de Alexandre na chuva foi muito superior à dos demais pilotos e manteve o brasileiro na primeira colocação na soma dos tempos das duas baterias. O líder do campeonato, o italiano Valentino Rossi, estava na primeira colocação da segunda bateria até a queda na última volta.
Receitas de um campeão - Lutando contra o descaso de muitos, Alexandre conquistou a primeira vitória brasileira no Mundial de Motovelocidade, categoria 500cc, no GP da Europa, em Jerez de La Frontera, na Espanha, em 1993, quando pilotava para a Suzuki. Mas para tanto, o piloto teve de ser persistente superando o ostracismo e as críticas dos anos em que representou a Cagiva -1990, 1991, 1992; 12º , 13º e 13º posições respectivamente.
Nesta caminhada foi essencial a ajuda do campeão mundial, companheiro de equipe na Cagiva, Eddie Lawson. Segundo Alexandre, Lawson lhe ensinou alguns truques na pista para ser mais rápido, como por exemplo, não brecar dentro da curva, mas pouco antes dela, ganhando velocidade na reta.
Lawson também colaborou com o brasileiro fora dos circuitos, mostrando o funcionamento do "universo das 500cc". Alexandre passou então a perceber nos gestos e atos do campeão, uma espontaneidade e um desprendimento que o ajudaram a vencer. Com a receita de Lawson, o brasileiro conquistou outras vitórias nos anos seguintes e não pretende parar por aí.
Tranqüilidade e fé - Apesar de correr a mais de 300 quilômetros por hora em uma moto, Alexandre é uma pessoa calma e que encontra na família o seu grande passatempo. Seus filhos são o grande estimulo, somente no momento em que está em cima de uma moto é que o piloto deixa a família de lado, para se dedicar 100% ao esporte.
Alexandre atualmente mora seis meses do ano na Europa, em Porto Olímpico - região que se transformou em bairro depois das Olimpíadas de Barcelona, em 1992. O local foi escolhido por ter um clima semelhante ao do Brasil, pela língua e pelo aeroporto que está bem conectado com o resto do mundo. É de Barcelona que o piloto se desloca para disputar as provas de Motovelocidade. Na outra metade do ano, Alexandre mora em São Paulo.
Quando questionado sobre o que passa em sua mente durante uma corrida, o piloto disse sentir-se a pessoa mais feliz do mundo, mas mantendo a concentração para fazer a melhor curva, sempre o mais rápido possível para obter a maior velocidade na reta, seguindo a obsessão de se aperfeiçoar a cada volta.
Comparado aos demais pilotos, Alexandre é bastante calmo. Talvez o segredo para tamanha tranqüilidade esteja na oração que o piloto sempre faz antes de entrar na pista, ritual que ele denomina como uma "oração pessoal".
http://www.gazetaesportiva.net/idolos/motor/barros/abertura.htm