Falker
10-01-08, 05:07
Eu não sou desses Estados, mas lí hoje isso:
1º de Sampa dps do Rio.
Garupa pode ser proibida em São Paulo
09 de Janeiro de 2008
Ver galeria de fotos
Mais uma polêmica envolvendo os motociclistas brasileiros veio à tona ontem, na cidade de São Paulo, com a informação de que a Câmara Municipal deverá analisar em fevereiro um projeto de lei que proíbe o transporte de pessoas na garupa durante os dias da semana na capital paulistana.
A proposta, que já foi aprovada pelos vereadores em votações realizadas em 2002 e 2003, mas vetada em 2004 pela então prefeita Marta Suplicy (PT), voltou a ser repercutida pelo vereador Jooji Hato (PMDB), que pretende derrubar o veto.
“As motos são hoje um problema de segurança e devem ser enfrentadas como tal”, afirmou Hato, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
“Tenho a assinatura de 50 vereadores apoiando a medida e preciso de 28 votos para derrubar o veto. A medida só não foi ainda aprovada porque alguns vereadores estão bloqueando a pauta de votação”, destacou o vereador, que também já disse ter conversado sobre o assunto com o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Na conversa, Kassab teria sugerido que Hato buscasse seu objetivo pelas vias de fato, ou seja, tentar derrubar o veto na Câmara; algo que o parlamentar promete fazer na volta do recesso, no próximo mês.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), 61,5% dos 15 mil casos de crimes contra o patrimônio cometidos nas regiões oeste e central e em parte da zona sul da cidade tiveram a participação de motociclistas.
O mapeamento considerou os meses de novembro e dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Em 9.225 dos casos de roubos e furtos, os bandidos utilizaram motocicletas para assaltar ou fugir.
Apesar dos números expressivos, as categorias representantes dos motoboys da capital criticaram a proposta apresentada pelo parlamentar do PMDB. “Antes de apresentar em plenário, acho que primeiro ele deveria mudar a Constituição”, afirmou Ernane Pastore, presidente da Associação dos Mensageiros, Motociclistas e Mototáxis de São Paulo. “Quero ver a Câmara aprovar, com 1 milhão de motos fazendo barulho no dia da votação”, ameaçou.
Para Aldemir Martins de Freitas (Alemão), presidente do Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas de São Paulo, trata-se de um enorme preconceito contra os motoboys. “O vice do sindicato estava em uma moto na Faria Lima quando tocou o celular. Ele colocou a mão na camisa para atender. A motorista ao lado entrou em desespero e acelerou, passando o sinal vermelho. O que ela faria se tivesse uma arma?”
Na tentativa de conseguir apoio para seu polêmico projeto, o vereador Jooji Hato destacou ser um motociclista de longa data — é proprietário de uma Honda Hornet 600cc — e que decidiu apresentar a proposta há dez anos, depois de ter sido assaltado duas vezes por motoqueiros. Em uma das ocasiões, segundo ele, estava com o filho e teve de se atirar no chão.
No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) também sugeriu, no início desta semana, a proibição do garupa nas motos, a fim de reduzir a criminalidade no Estado. Essa medida extrema já foi adotada na Colômbia, onde, além da proibição do garupa, os motociclistas foram obrigados a estampar a placa da moto no colete e no capacete.
Fonte:
Equipe MOTO.com.br
AGORA DO RIO
Governo carioca inibe direito de ir e vir
09 de Janeiro de 2008
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Luiz Eduardo de Souza
Novamente me surpreendo ao abrir os jornais e ler mais uma brilhante idéia de nossos governantes para combater a violência. E a bola da vez agora parece ser nós, os motociclistas.
Fico me perguntando como é possível alguém emanar tanta sapiência com suas decisões. Então quer dizer que a culpa da violência está nos motociclistas e seus respectivos caronas?
Brilhante Senhor Governador! Uma conclusão como essa não poderia ter surgido de outra pessoa. Além de todas as dificuldades que os motociclistas já têm que enfrentar, como baixa qualidade das ruas e estradas, buracos no caminho, pedágios caros, falta de respeito dos motoristas, alto custo dos equipamentos de segurança e normas absurdas do Departamento Nacional de Transito, eis que surge o Senhor Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, criando mais uma dificuldade para nós.
Por que ao invés das autoridades se preocuparem com o garupa nas motos não se preocupam em policiar as ruas, aumentar o efetivo policial e equipá-los para que possam exercer com qualidade, respeito e autoridade as funções que lhe são cabidas e, principalmente, melhorar a qualidade das ruas e estradas, deixando-as iluminadas e seguras para motoristas e motociclistas?
Colocar a culpa da violência nos motociclistas é algo surreal que não pode ser admitido em hipótese alguma. É uma medida que nada serve, a não ser para desviar o foco do verdadeiro problema da violência e suas conseqüências.
Creio agora apenas ser necessário proibir a utilização de automóveis, talvez uma eventual limitação no uso do transporte coletivo e pronto: o problema da violência estará definitivamente resolvido.
Mas se ainda assim os resultados não forem satisfatórios, por que não decretar definitivamente o Estado de Sítio? Talvez desta forma tenhamos a certeza do fim da violência no Estado.
Impedir a circulação de motos com garupas é vedar o direito de ir e vir do cidadão e, portanto, ir contra a tudo que dispõe a Constituição Brasileira. E muito pior, é uma medida preconceituosa a uma categoria honrada que apenas quer ter o direito de curtir sua moto e poder circular livremente pelas ruas da cidade em paz.
Enquanto isso, os verdadeiros bandidos estão na rua em sua “labuta” diária contra os cidadãos de bem, aumentando ainda mais o caos urbano. E pior: estarão de moto. Ou será que alguém acha que os marginais estão preocupados com tal medida do Senhor Governador, de eventuais multas aplicadas pelo descumprimento da medida?
Essa grande idéia só irá atingir, mais uma vez, as pessoas de bem que utilizam a motocicleta como meio de transporte e lazer. Os “motoqueiros do crime” continuarão agindo como sempre, sem se incomodar com a autoridade pública que não existe e continuará não existindo após a brilhante idéia do Sr. Sérgio Cabral.
Sinto-me mais uma vez humilhado por medidas descabidas e populistas que em nada acrescentam à sociedade e continuo na esperança de que seja apenas mais um boato sem cabimento.
O “motonauta” Luiz Eduardo de Souza participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
Fonte:
Moto Repórter
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/11334.html
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/11356.html
1º de Sampa dps do Rio.
Garupa pode ser proibida em São Paulo
09 de Janeiro de 2008
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Mais uma polêmica envolvendo os motociclistas brasileiros veio à tona ontem, na cidade de São Paulo, com a informação de que a Câmara Municipal deverá analisar em fevereiro um projeto de lei que proíbe o transporte de pessoas na garupa durante os dias da semana na capital paulistana.
A proposta, que já foi aprovada pelos vereadores em votações realizadas em 2002 e 2003, mas vetada em 2004 pela então prefeita Marta Suplicy (PT), voltou a ser repercutida pelo vereador Jooji Hato (PMDB), que pretende derrubar o veto.
“As motos são hoje um problema de segurança e devem ser enfrentadas como tal”, afirmou Hato, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
“Tenho a assinatura de 50 vereadores apoiando a medida e preciso de 28 votos para derrubar o veto. A medida só não foi ainda aprovada porque alguns vereadores estão bloqueando a pauta de votação”, destacou o vereador, que também já disse ter conversado sobre o assunto com o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Na conversa, Kassab teria sugerido que Hato buscasse seu objetivo pelas vias de fato, ou seja, tentar derrubar o veto na Câmara; algo que o parlamentar promete fazer na volta do recesso, no próximo mês.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), 61,5% dos 15 mil casos de crimes contra o patrimônio cometidos nas regiões oeste e central e em parte da zona sul da cidade tiveram a participação de motociclistas.
O mapeamento considerou os meses de novembro e dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Em 9.225 dos casos de roubos e furtos, os bandidos utilizaram motocicletas para assaltar ou fugir.
Apesar dos números expressivos, as categorias representantes dos motoboys da capital criticaram a proposta apresentada pelo parlamentar do PMDB. “Antes de apresentar em plenário, acho que primeiro ele deveria mudar a Constituição”, afirmou Ernane Pastore, presidente da Associação dos Mensageiros, Motociclistas e Mototáxis de São Paulo. “Quero ver a Câmara aprovar, com 1 milhão de motos fazendo barulho no dia da votação”, ameaçou.
Para Aldemir Martins de Freitas (Alemão), presidente do Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas de São Paulo, trata-se de um enorme preconceito contra os motoboys. “O vice do sindicato estava em uma moto na Faria Lima quando tocou o celular. Ele colocou a mão na camisa para atender. A motorista ao lado entrou em desespero e acelerou, passando o sinal vermelho. O que ela faria se tivesse uma arma?”
Na tentativa de conseguir apoio para seu polêmico projeto, o vereador Jooji Hato destacou ser um motociclista de longa data — é proprietário de uma Honda Hornet 600cc — e que decidiu apresentar a proposta há dez anos, depois de ter sido assaltado duas vezes por motoqueiros. Em uma das ocasiões, segundo ele, estava com o filho e teve de se atirar no chão.
No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) também sugeriu, no início desta semana, a proibição do garupa nas motos, a fim de reduzir a criminalidade no Estado. Essa medida extrema já foi adotada na Colômbia, onde, além da proibição do garupa, os motociclistas foram obrigados a estampar a placa da moto no colete e no capacete.
Fonte:
Equipe MOTO.com.br
AGORA DO RIO
Governo carioca inibe direito de ir e vir
09 de Janeiro de 2008
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Luiz Eduardo de Souza
Novamente me surpreendo ao abrir os jornais e ler mais uma brilhante idéia de nossos governantes para combater a violência. E a bola da vez agora parece ser nós, os motociclistas.
Fico me perguntando como é possível alguém emanar tanta sapiência com suas decisões. Então quer dizer que a culpa da violência está nos motociclistas e seus respectivos caronas?
Brilhante Senhor Governador! Uma conclusão como essa não poderia ter surgido de outra pessoa. Além de todas as dificuldades que os motociclistas já têm que enfrentar, como baixa qualidade das ruas e estradas, buracos no caminho, pedágios caros, falta de respeito dos motoristas, alto custo dos equipamentos de segurança e normas absurdas do Departamento Nacional de Transito, eis que surge o Senhor Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, criando mais uma dificuldade para nós.
Por que ao invés das autoridades se preocuparem com o garupa nas motos não se preocupam em policiar as ruas, aumentar o efetivo policial e equipá-los para que possam exercer com qualidade, respeito e autoridade as funções que lhe são cabidas e, principalmente, melhorar a qualidade das ruas e estradas, deixando-as iluminadas e seguras para motoristas e motociclistas?
Colocar a culpa da violência nos motociclistas é algo surreal que não pode ser admitido em hipótese alguma. É uma medida que nada serve, a não ser para desviar o foco do verdadeiro problema da violência e suas conseqüências.
Creio agora apenas ser necessário proibir a utilização de automóveis, talvez uma eventual limitação no uso do transporte coletivo e pronto: o problema da violência estará definitivamente resolvido.
Mas se ainda assim os resultados não forem satisfatórios, por que não decretar definitivamente o Estado de Sítio? Talvez desta forma tenhamos a certeza do fim da violência no Estado.
Impedir a circulação de motos com garupas é vedar o direito de ir e vir do cidadão e, portanto, ir contra a tudo que dispõe a Constituição Brasileira. E muito pior, é uma medida preconceituosa a uma categoria honrada que apenas quer ter o direito de curtir sua moto e poder circular livremente pelas ruas da cidade em paz.
Enquanto isso, os verdadeiros bandidos estão na rua em sua “labuta” diária contra os cidadãos de bem, aumentando ainda mais o caos urbano. E pior: estarão de moto. Ou será que alguém acha que os marginais estão preocupados com tal medida do Senhor Governador, de eventuais multas aplicadas pelo descumprimento da medida?
Essa grande idéia só irá atingir, mais uma vez, as pessoas de bem que utilizam a motocicleta como meio de transporte e lazer. Os “motoqueiros do crime” continuarão agindo como sempre, sem se incomodar com a autoridade pública que não existe e continuará não existindo após a brilhante idéia do Sr. Sérgio Cabral.
Sinto-me mais uma vez humilhado por medidas descabidas e populistas que em nada acrescentam à sociedade e continuo na esperança de que seja apenas mais um boato sem cabimento.
O “motonauta” Luiz Eduardo de Souza participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
Fonte:
Moto Repórter
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/11334.html
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/11356.html