superkyo
02-03-08, 15:25
Invasão: Chávez ameça Colômbia de guerra
Juan Francisco Alonso, de Caracas
Como uma "violação flagrante do direito internacional", classificou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a morte do porta-voz das Farc - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Luis Edgar Devia, o Raúl Reyes, que na madrugada deste sábado foi alvejado por efetivos do exército colombiano, ao que parece no território do Equador. Também acusou o presidente colombiano Álvaro Uribe de copiar Israel e perseguir, atacar e assassinar seus inimigos inclusive fora de suas fronteiras. Chávez advertiu que se uma ação semelhante fosse produzida no território venezuelano está seria considerada casus belli, causa de guerra.
"De maneira muito sútil o governo da Colômbia reconhece ter realizado uma incursão, ter violado a soberania de um país vizinho (Equador) de maneira alegre, irresponsável, e isto é preocupante (...) Isto não tem precedentes, pedimos ao governo da Colômbia que esclareça isso. O ocorrido é extremamente grave, se arroga o direito de bombardear um país vizinho, violando todas as leis internacionais (...) Será que se vai converter a Colômbia na Israel da América Latina?", afirmou o mandatário em um fala improvisada transmitida pela TV e que foi dirigida ao país na noite deste sábado, no Palácio de Miraflores, momentos antes de presidir um conselho extraordionário de ministros.
Após lamentar o ocorrido, o qual se produziu 72 horas depois das Farc terem libertado unilateralmente quatro ex-congressistas que mantinham em seu poder há vários anos, o chefe de Estado advertiu a Uribe sobre os riscos que correria caso autorize uma ação similar novamente.
"Pense, presidente, não vá você ficar totalmente isolado neste território (a América Latina) (...) Não vá fazer isto por estes lados, presidente Uribe, porque seria algo extremamente grave. Seria casus belli uma incursão militar nas terras venezuelanas (...) Se os meus soldados, como vem acontecendo, patrulham uma fronteira, recebem fogo na selva e crêem ou detectam que vem do outro lado do Rio Arauca (divisa natural entre Venezuela e Colômbia no sul do país), por exemplo, não estão autorizados esses soldados a incursionar além do Arauca para o território colombiano; não podem fazê-lo sob nenhum respeito", afirmou.
Esta é a segunda vez desde o início da atual crise diplomática binacional, que começou em 21 de novembro passado, quando o governo colombiano decidiu dar por terminada a mediação do presidente Venezuelano para obter a libertação dos seqüestrados nas mãos das Farcm, que Chávez fala de uma eventual guerra com a nação vizinha. A primeira foi em janeiro, quando o vice-presidente colombiano, Francisco Santos, assegurou que "havia de se buscar" o prefeito da cidade venezuelana de Maracaibo, Giancarlo Di Martino, para processá-lo por apoiar os grupos insurgentes, logo após a divulgação de um vídeo onde, supostamente, dava mantimentos a colombianos em situação irregular.
Chávez lamentou que o governo de Bogotá tenha decidido declarar "guerra até a morte" às Farc, além de assegurar que essa decisão não foi tomada na Casa de Narinõ, mas sim na Casa Branca. "O punho da guerra é o punho do império, porque o governo da Colômbia não é soberano nisto. É uma imposição do governo norte-americano", disse.
Golpe duro na negociação
Minutos antes do presidente Chávez aparecer na tela da televisão, o chanceler Nicolás Maduro leu um comunicado do governo venezuelano cujo conteúdo não é muito mais diplomático que as expressões dos chefe de estado. No documento, em cuja redação o pessoal do Ministério do Exterior se concentrou o dia todo, afirma-se que a morte de Reyes em combate "revela, mais uma vez, a equivocada conducta de quem privilegia a opção militar e aposta em uma agudização do conflito armado sobre a saida política e negociada, sem calcular suas graves conseqüências".
"Este lamentável feito, apresentado como uma vitória bélica, constitui uma bofetada para todos os que temos colocado nossas esperanças na paz e os melhores esforços em impulsionar o entendimento como fórmular para alcançar a reconciliação, o reencontro e a concórdia do povo da Colômbia", agrega o documento.
Sobre as eventuais repercussões do ocorrido, o vice-presidente da Comissão de Política Exterior do Parlamento, deputado Carlos Escarrá Malavé, afirmou a Terra Magazine que "isto dificultará o processo de paz. Não seria de estranhar que nos próximos dias observemos um recrudescimento dos combates entre as Farc e o exército. É de se esperar novos antentados e combates em zonas distitinas da Colômbia".
O legislador descartou de pronto que as 700 pessoas que ainda permanecem sob custódia do grupo liderado por Manuel Marulando, o Tirofijo, seja objeto de represálias por conta da morte de Reyes. "As Farc têm bem claro que estão participando de uma guerra e que pode haver baixas. Não creio portanto que vão tomar qualquer tipo de ação contra os reféns", asseverou.
Embora o acampamento onde morreu o porta-voz das Farc se encontrasse em território equatoriano, Escarrá rechaçou que isto possa significar que as autoridades desse país andino acolham ou protejam os insurgentes. "Seria descabido dizer que o fato de Reyes estar no lado equatoriano significa necessariamente que o governo de Rafael Correa lhe ofereceu refúgio e apoio", concluiu.
FONTE : TERRA
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Hugo Chávez fecha embaixada e mobiliza tropas
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenou hoje o fechamento da embaixada da Venezuela na Colômbia e a mobilização de "10 batalhões" militares na fronteira entre os dois países.
Chávez reagiu assim às circunstâncias do "covarde assassinato" do porta-voz internacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.
FONTE : TERRA
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O LOKO MEU !!
Juan Francisco Alonso, de Caracas
Como uma "violação flagrante do direito internacional", classificou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a morte do porta-voz das Farc - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Luis Edgar Devia, o Raúl Reyes, que na madrugada deste sábado foi alvejado por efetivos do exército colombiano, ao que parece no território do Equador. Também acusou o presidente colombiano Álvaro Uribe de copiar Israel e perseguir, atacar e assassinar seus inimigos inclusive fora de suas fronteiras. Chávez advertiu que se uma ação semelhante fosse produzida no território venezuelano está seria considerada casus belli, causa de guerra.
"De maneira muito sútil o governo da Colômbia reconhece ter realizado uma incursão, ter violado a soberania de um país vizinho (Equador) de maneira alegre, irresponsável, e isto é preocupante (...) Isto não tem precedentes, pedimos ao governo da Colômbia que esclareça isso. O ocorrido é extremamente grave, se arroga o direito de bombardear um país vizinho, violando todas as leis internacionais (...) Será que se vai converter a Colômbia na Israel da América Latina?", afirmou o mandatário em um fala improvisada transmitida pela TV e que foi dirigida ao país na noite deste sábado, no Palácio de Miraflores, momentos antes de presidir um conselho extraordionário de ministros.
Após lamentar o ocorrido, o qual se produziu 72 horas depois das Farc terem libertado unilateralmente quatro ex-congressistas que mantinham em seu poder há vários anos, o chefe de Estado advertiu a Uribe sobre os riscos que correria caso autorize uma ação similar novamente.
"Pense, presidente, não vá você ficar totalmente isolado neste território (a América Latina) (...) Não vá fazer isto por estes lados, presidente Uribe, porque seria algo extremamente grave. Seria casus belli uma incursão militar nas terras venezuelanas (...) Se os meus soldados, como vem acontecendo, patrulham uma fronteira, recebem fogo na selva e crêem ou detectam que vem do outro lado do Rio Arauca (divisa natural entre Venezuela e Colômbia no sul do país), por exemplo, não estão autorizados esses soldados a incursionar além do Arauca para o território colombiano; não podem fazê-lo sob nenhum respeito", afirmou.
Esta é a segunda vez desde o início da atual crise diplomática binacional, que começou em 21 de novembro passado, quando o governo colombiano decidiu dar por terminada a mediação do presidente Venezuelano para obter a libertação dos seqüestrados nas mãos das Farcm, que Chávez fala de uma eventual guerra com a nação vizinha. A primeira foi em janeiro, quando o vice-presidente colombiano, Francisco Santos, assegurou que "havia de se buscar" o prefeito da cidade venezuelana de Maracaibo, Giancarlo Di Martino, para processá-lo por apoiar os grupos insurgentes, logo após a divulgação de um vídeo onde, supostamente, dava mantimentos a colombianos em situação irregular.
Chávez lamentou que o governo de Bogotá tenha decidido declarar "guerra até a morte" às Farc, além de assegurar que essa decisão não foi tomada na Casa de Narinõ, mas sim na Casa Branca. "O punho da guerra é o punho do império, porque o governo da Colômbia não é soberano nisto. É uma imposição do governo norte-americano", disse.
Golpe duro na negociação
Minutos antes do presidente Chávez aparecer na tela da televisão, o chanceler Nicolás Maduro leu um comunicado do governo venezuelano cujo conteúdo não é muito mais diplomático que as expressões dos chefe de estado. No documento, em cuja redação o pessoal do Ministério do Exterior se concentrou o dia todo, afirma-se que a morte de Reyes em combate "revela, mais uma vez, a equivocada conducta de quem privilegia a opção militar e aposta em uma agudização do conflito armado sobre a saida política e negociada, sem calcular suas graves conseqüências".
"Este lamentável feito, apresentado como uma vitória bélica, constitui uma bofetada para todos os que temos colocado nossas esperanças na paz e os melhores esforços em impulsionar o entendimento como fórmular para alcançar a reconciliação, o reencontro e a concórdia do povo da Colômbia", agrega o documento.
Sobre as eventuais repercussões do ocorrido, o vice-presidente da Comissão de Política Exterior do Parlamento, deputado Carlos Escarrá Malavé, afirmou a Terra Magazine que "isto dificultará o processo de paz. Não seria de estranhar que nos próximos dias observemos um recrudescimento dos combates entre as Farc e o exército. É de se esperar novos antentados e combates em zonas distitinas da Colômbia".
O legislador descartou de pronto que as 700 pessoas que ainda permanecem sob custódia do grupo liderado por Manuel Marulando, o Tirofijo, seja objeto de represálias por conta da morte de Reyes. "As Farc têm bem claro que estão participando de uma guerra e que pode haver baixas. Não creio portanto que vão tomar qualquer tipo de ação contra os reféns", asseverou.
Embora o acampamento onde morreu o porta-voz das Farc se encontrasse em território equatoriano, Escarrá rechaçou que isto possa significar que as autoridades desse país andino acolham ou protejam os insurgentes. "Seria descabido dizer que o fato de Reyes estar no lado equatoriano significa necessariamente que o governo de Rafael Correa lhe ofereceu refúgio e apoio", concluiu.
FONTE : TERRA
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Hugo Chávez fecha embaixada e mobiliza tropas
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenou hoje o fechamento da embaixada da Venezuela na Colômbia e a mobilização de "10 batalhões" militares na fronteira entre os dois países.
Chávez reagiu assim às circunstâncias do "covarde assassinato" do porta-voz internacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.
FONTE : TERRA
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O LOKO MEU !!