Horácio
20-04-11, 08:53
Retirei do MotoReport. (o Horácio deles num é eu)
Link original: http://www.motoreport.com.br/2011/04/yamaha-crypton-115-k-vs-honda-pop-100.html
A Yamaha está reagindo para conquistar o mercado que deixou de ganhar. Faz comerciais, anuncia na internet, melhora o atendimento, enfim, faz tudo que pode para atrair clientes. Sua moto de entrada, a Crypton K, está mais acessível e se tornou forte concorrente da Honda Pop, que custa um pouco menos, mas oferece bem menos.
Com intuito de induzir o leitor a comprar a moto mais apropriada para o seu uso, criamos um comparativo diferente do Qual comprar?, sendo mais aprofundado e detalhista. Para isso foi necessário envolver mais de uma pessoa, e o trabalho de Horácio Mouta seria indispensável. Enquanto eu escolho e defendo um modelo, ele pega o outro para contra-argumentar. Independente do gosto de cada um, a argumentação é feita com base na escolha.
Honda Pop 100, por Horácio
Ter uma Honda é como ter dinheiro no banco: basta precisar do valor investido que ele é recuperado num instante, sem extresse ou demora. Além de ser fácil de revender, é fácil de manter, pois qualquer mecânico está apto a fazer manutenção e em qualquer oficina há peças. Com a Pop não é diferente.
Nascida para "substituir" o ônibus, a Pop tem elementos retirados das prateleiras da Honda. O motor, por exemplo, é o da Biz 100, mas com câmbio diferente e embreagem manual. A lanterna traseira veio da mesma moto, mas os piscas dianteiros são iguais aos da Bros e tambor de freio dianteiro é o da Dream. Tudo isso facilita reparos e diminui custos. Na verdade, a Pop foi pensada para ser econômica ao extremo.
Os plásticos são injetados com a cor final, não recebendo pintura. Em caso de riscos e arranhões, basta passar lixa nº 1000 e cera de polimento. Não há peças frágeis proeminentes na lateral, muito menos coisas fáceis de quebrar numa queda boba do dia a dia. A Pop pode ser considerada uma moto robusta, e como prova existem os fanáticos por fora-de-estrada que a usam para fazer trilha.
Seu baixíssimo peso é aliado do motor, que tem pouca massa para transportar. O desempenho é muito bom, sobretudo se considerado o uso da embreagem manual, que dosa a potência e aproveita os giros. Nos semáforos, a Pop sempre sai na frente das outras pequenas. Nas subidas, humilha até modelos 125 antigos. E esse papo de prazer ao pilotar é irrelevante, pois Pop não é CBR.
Beleza e emoção jamais serão importantes num produto concebido para ser pão-duro. A Pop não é bela, mas é amiga do bolso do seu dono.
Não compre a Crypton, porque...
Não é qualquer mecânico que sabe fazer manutenção;
A desvalorização é maior;
A rede de concessionárias é despreparada;
As peças pretas evidenciam a sujeira;
O protetor do escapamento é de plástico
O banco é estreito e liso;
O apoio do passageiro é baixo;
O banco é folgado e faz barulho;
A lanterna traseira parece "vesga".
Yamaha Crypton 115 K, por Diego
A Crypton 115 também nasceu para substituir o ônibus, mas de uma forma mais prestigiosa. Por questão de tradição e de mercado, a nova geração manteve o nome da anterior, e também manteve a personalidade forte. A mecânica continua robusta e durável, mantendo o brilho em funcionamento.
A pequena Yamaha é agradável aos olhos, com desenho harmônico que combina com qualquer ocasião. É um veículo para ir ao trabalho e à escola durante a semana, e à balada no sábado. Não faz vergonha. O escudo frontal mantém as pernas da calça protegidas da lama e os sapatos bem limpos. Ele também é útil porque desvia o ar e diminui o cansaço em viagens mais longas.
Além do desenho, a Crypton tem mais vantagens em relação à Pop. Seu motor possui 16,6 cm³, 2,03 cv e 0,14 kgf.m a mais que o da concorrente. A embreagem é automática, mas pode ser utilizada pressionando o pedal de câmbio. Com o tempo o usuário se acostuma com esse tipo de embreagem e acaba desfrutando dos benefícios de uma embreagem manual. O motor responde com prontidão e suavidade, carregando os 95 kg (10 a mais) com desenvoltura digna de aplausos.
O tanque de gasolina tem capacidade para 4,2 litros, ou 0,2 a mais que a rival. Além das citadas vantagens, o escudo frontal garante maior economia, já que canaliza o ar de forma correta e suave. Em questão de equipamentos, a Yamaha dá um banho na Honda. Tem trava de direção conjugada à ignição, marcador de combustível no painel, cavalete central, pedal de partida mais fácil de usar, farol eficiente com função meia-luz, pedais do passageiro fixados no quadro e protetor de escapamento mais envolvente (mais seguro, portanto).
Debaixo do banco há um porta-objetos de quatro litros que comporta carteira, celular, boné e câmera fotográfica juntos. Não tem espaço para um capacete, mas se tivesse a Crypton seria muito larga, característica não muito apreciada por quem gosta de andar "com emoção". Por falar em emoção, rodovia é um terreno em que a Crypton 115 não fica intimidada.
O motor sobe de giros com suavidade e a moto ganha velocidade rapidamente. É fácil manter a velocidade de 100 km/h por horas, e nas curvas a diversão é garantida. As rodas de mesmo diâmetro com pneus Pirelli City Demon são o segredo do equilíbrio da Crypton. Ela faz curvas de forma exemplar, mostrado o impecável trabalho da Yamaha.
Não compre a Pop, porque...
Tem desenho controverso;
Não tem marcador de combustível e nem cavalete central;
Tem trava de direção e pedal de partida incômodos;
O farol ilumina pouco e não acompanha os movimentos do guidão;
É mais visada pelos "amigos do alheio";
Não protege de lama;
As rodas têm diâmetros diferentes;
A autonomia é pequena;
Não tem pintura;
VEREDICTO
A decisão é sua, mas vale dizer que a Pop é uma excelente moto para frotistas, pois ela tem baixo custo de manutenção. Mas se o uso for pessoal, para trabalho ou lazer, os R$ 400 (em média) a mais cobrados pela Crypton podem valer a pena.
Link original: http://www.motoreport.com.br/2011/04/yamaha-crypton-115-k-vs-honda-pop-100.html
A Yamaha está reagindo para conquistar o mercado que deixou de ganhar. Faz comerciais, anuncia na internet, melhora o atendimento, enfim, faz tudo que pode para atrair clientes. Sua moto de entrada, a Crypton K, está mais acessível e se tornou forte concorrente da Honda Pop, que custa um pouco menos, mas oferece bem menos.
Com intuito de induzir o leitor a comprar a moto mais apropriada para o seu uso, criamos um comparativo diferente do Qual comprar?, sendo mais aprofundado e detalhista. Para isso foi necessário envolver mais de uma pessoa, e o trabalho de Horácio Mouta seria indispensável. Enquanto eu escolho e defendo um modelo, ele pega o outro para contra-argumentar. Independente do gosto de cada um, a argumentação é feita com base na escolha.
Honda Pop 100, por Horácio
Ter uma Honda é como ter dinheiro no banco: basta precisar do valor investido que ele é recuperado num instante, sem extresse ou demora. Além de ser fácil de revender, é fácil de manter, pois qualquer mecânico está apto a fazer manutenção e em qualquer oficina há peças. Com a Pop não é diferente.
Nascida para "substituir" o ônibus, a Pop tem elementos retirados das prateleiras da Honda. O motor, por exemplo, é o da Biz 100, mas com câmbio diferente e embreagem manual. A lanterna traseira veio da mesma moto, mas os piscas dianteiros são iguais aos da Bros e tambor de freio dianteiro é o da Dream. Tudo isso facilita reparos e diminui custos. Na verdade, a Pop foi pensada para ser econômica ao extremo.
Os plásticos são injetados com a cor final, não recebendo pintura. Em caso de riscos e arranhões, basta passar lixa nº 1000 e cera de polimento. Não há peças frágeis proeminentes na lateral, muito menos coisas fáceis de quebrar numa queda boba do dia a dia. A Pop pode ser considerada uma moto robusta, e como prova existem os fanáticos por fora-de-estrada que a usam para fazer trilha.
Seu baixíssimo peso é aliado do motor, que tem pouca massa para transportar. O desempenho é muito bom, sobretudo se considerado o uso da embreagem manual, que dosa a potência e aproveita os giros. Nos semáforos, a Pop sempre sai na frente das outras pequenas. Nas subidas, humilha até modelos 125 antigos. E esse papo de prazer ao pilotar é irrelevante, pois Pop não é CBR.
Beleza e emoção jamais serão importantes num produto concebido para ser pão-duro. A Pop não é bela, mas é amiga do bolso do seu dono.
Não compre a Crypton, porque...
Não é qualquer mecânico que sabe fazer manutenção;
A desvalorização é maior;
A rede de concessionárias é despreparada;
As peças pretas evidenciam a sujeira;
O protetor do escapamento é de plástico
O banco é estreito e liso;
O apoio do passageiro é baixo;
O banco é folgado e faz barulho;
A lanterna traseira parece "vesga".
Yamaha Crypton 115 K, por Diego
A Crypton 115 também nasceu para substituir o ônibus, mas de uma forma mais prestigiosa. Por questão de tradição e de mercado, a nova geração manteve o nome da anterior, e também manteve a personalidade forte. A mecânica continua robusta e durável, mantendo o brilho em funcionamento.
A pequena Yamaha é agradável aos olhos, com desenho harmônico que combina com qualquer ocasião. É um veículo para ir ao trabalho e à escola durante a semana, e à balada no sábado. Não faz vergonha. O escudo frontal mantém as pernas da calça protegidas da lama e os sapatos bem limpos. Ele também é útil porque desvia o ar e diminui o cansaço em viagens mais longas.
Além do desenho, a Crypton tem mais vantagens em relação à Pop. Seu motor possui 16,6 cm³, 2,03 cv e 0,14 kgf.m a mais que o da concorrente. A embreagem é automática, mas pode ser utilizada pressionando o pedal de câmbio. Com o tempo o usuário se acostuma com esse tipo de embreagem e acaba desfrutando dos benefícios de uma embreagem manual. O motor responde com prontidão e suavidade, carregando os 95 kg (10 a mais) com desenvoltura digna de aplausos.
O tanque de gasolina tem capacidade para 4,2 litros, ou 0,2 a mais que a rival. Além das citadas vantagens, o escudo frontal garante maior economia, já que canaliza o ar de forma correta e suave. Em questão de equipamentos, a Yamaha dá um banho na Honda. Tem trava de direção conjugada à ignição, marcador de combustível no painel, cavalete central, pedal de partida mais fácil de usar, farol eficiente com função meia-luz, pedais do passageiro fixados no quadro e protetor de escapamento mais envolvente (mais seguro, portanto).
Debaixo do banco há um porta-objetos de quatro litros que comporta carteira, celular, boné e câmera fotográfica juntos. Não tem espaço para um capacete, mas se tivesse a Crypton seria muito larga, característica não muito apreciada por quem gosta de andar "com emoção". Por falar em emoção, rodovia é um terreno em que a Crypton 115 não fica intimidada.
O motor sobe de giros com suavidade e a moto ganha velocidade rapidamente. É fácil manter a velocidade de 100 km/h por horas, e nas curvas a diversão é garantida. As rodas de mesmo diâmetro com pneus Pirelli City Demon são o segredo do equilíbrio da Crypton. Ela faz curvas de forma exemplar, mostrado o impecável trabalho da Yamaha.
Não compre a Pop, porque...
Tem desenho controverso;
Não tem marcador de combustível e nem cavalete central;
Tem trava de direção e pedal de partida incômodos;
O farol ilumina pouco e não acompanha os movimentos do guidão;
É mais visada pelos "amigos do alheio";
Não protege de lama;
As rodas têm diâmetros diferentes;
A autonomia é pequena;
Não tem pintura;
VEREDICTO
A decisão é sua, mas vale dizer que a Pop é uma excelente moto para frotistas, pois ela tem baixo custo de manutenção. Mas se o uso for pessoal, para trabalho ou lazer, os R$ 400 (em média) a mais cobrados pela Crypton podem valer a pena.