Cigano
20-12-05, 11:24
Correria da vida
Foi uma noite agitada, mal dormida pelas preocupações. Naquela manhã, sentiu vontade de dormir mais um pouco, mas logo abandonou essa idéia e se levantou, pensando na montanha de coisas que precisava fazer na empresa.
Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Engoliu o café da manhã e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida.
Não entendia por que ela se queixava tanto da ausência dele e vivia reivindicando mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso deveria bastar
Claro que não teve tempo para esquentar o carro nem sorrir quando o cachorro, alegre, abanou o rabo. Deu a partida e acelerou.
Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e mais uma vez recusaria o convite, pelo seu numero de compromissos do dia. Gostaria de estar com eles, mas era impossível adiar seus compromissos.
Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada, não desperdiçava seu tempo com conversa fiada. Na hora do almoço, pediu para a secretária trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte.
Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde.
Nem observou que tipo de lanche estava mastigando. Enquanto engolia relacionava os telefonemas que deveria dar, gritou com o gerente que não cumpria suas tarefas, e pensava nas inúmeras tarefas que precisava fazer.
Saiu para a reunião já meio atrasado. Entrou no carro, deu partida e, quando ia engatar a primeira marcha, sentiu uma dor forte no peito. O ar começou a faltar... a dor foi aumentando... o carro desapareceu... os outros carros também...
a claridade da rua, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo em que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem. Era como se o videocassete estivesse rodando em câmera lenta. Quadro a quadro, ele via esposa, o netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas que mais gostava.
Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto? O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã? A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a do arrependimento. Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte, a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas. Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto...
queria... queria... mas não deu tempo.
Como está sua vida ? Qual o tempo que tem dedicado às coisas pequenas , mas importantes , da vida ? E Deus , em que lugar você o coloca ? Lembre-se , são poucas as pessoas que tem uma segunda e "nova oportunidade" de vida para mudar ... Pense nisso .
Nessa semana, que possamos parar nossa correria, vamos colocar nossas preocupações no colo de Jesus, para que possamos dar importância aos verdadeiros presentes que Ele nos dá: Nossa vida, nossa família, nossa saúde,amigos e trabalho! Abandone-se em Cristo e seja muito mais feliz.
Um abraço,
Cigano
Foi uma noite agitada, mal dormida pelas preocupações. Naquela manhã, sentiu vontade de dormir mais um pouco, mas logo abandonou essa idéia e se levantou, pensando na montanha de coisas que precisava fazer na empresa.
Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Engoliu o café da manhã e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida.
Não entendia por que ela se queixava tanto da ausência dele e vivia reivindicando mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso deveria bastar
Claro que não teve tempo para esquentar o carro nem sorrir quando o cachorro, alegre, abanou o rabo. Deu a partida e acelerou.
Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e mais uma vez recusaria o convite, pelo seu numero de compromissos do dia. Gostaria de estar com eles, mas era impossível adiar seus compromissos.
Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada, não desperdiçava seu tempo com conversa fiada. Na hora do almoço, pediu para a secretária trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte.
Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde.
Nem observou que tipo de lanche estava mastigando. Enquanto engolia relacionava os telefonemas que deveria dar, gritou com o gerente que não cumpria suas tarefas, e pensava nas inúmeras tarefas que precisava fazer.
Saiu para a reunião já meio atrasado. Entrou no carro, deu partida e, quando ia engatar a primeira marcha, sentiu uma dor forte no peito. O ar começou a faltar... a dor foi aumentando... o carro desapareceu... os outros carros também...
a claridade da rua, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo em que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem. Era como se o videocassete estivesse rodando em câmera lenta. Quadro a quadro, ele via esposa, o netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas que mais gostava.
Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto? O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã? A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a do arrependimento. Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte, a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas. Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto...
queria... queria... mas não deu tempo.
Como está sua vida ? Qual o tempo que tem dedicado às coisas pequenas , mas importantes , da vida ? E Deus , em que lugar você o coloca ? Lembre-se , são poucas as pessoas que tem uma segunda e "nova oportunidade" de vida para mudar ... Pense nisso .
Nessa semana, que possamos parar nossa correria, vamos colocar nossas preocupações no colo de Jesus, para que possamos dar importância aos verdadeiros presentes que Ele nos dá: Nossa vida, nossa família, nossa saúde,amigos e trabalho! Abandone-se em Cristo e seja muito mais feliz.
Um abraço,
Cigano