cacamba
16-05-06, 10:04
Fonte: http://oglobo.globo.com/online/rio/mat/2006/05/08/247108937.asp
Eduardo Almeida - Globo Online
RIO - Uma nova lei pode obrigar os motociclistas do Rio a andar uniformizados. O presidente do Clube de Cabos e Soldados da Polícia Militar, Jorge Lobão, está preparando para enviar à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) um projeto que obriga todos que dirigem motos no estado a usar um colete com o número da placa nas costas. Caso a proposta vire lei, o motociclista que estiver sem colete estará cometendo uma falta grave e terá o veículo apreendido. Segundo Lobão, a medida foi adotada com sucesso em Bogotá, capital da Colômbia.
Lobão defende a medida alegando um aumento dos crimes praticados com o uso de motocicleta na cidade. O colete é feito sob medida para motociclistas, podendo ser usado por cima de ternos, mochilas ou capas de chuva. Para o autor do projeto a novidade daria maior tranqüilidade aos motoristas da cidade que, segundo ele, já se assustam ao perceber a aproximação de uma moto com dois homens. Neste caso, o colete seria usado pelo carona.
- Pretendemos, com essa nova lei, que os casos de assaltos diminuam. Inclusive podemos garantir que, com os motoqueiros identificados, o número de imprudências no trânsito também irá cair, pois eles não vão poder esconder mais suas placas, como fazem hoje de forma acintosa e criminosa - afirmou Lobão.
O bancário Daniel Duarte, que usa moto todo dia para ir ao trabalho, acredita que a medida não terá eficácia se não houver um aumento na fiscalização.
- É mais fácil fiscalizar as placas. Pela quantidade de moto que não tem placa, não tem retrovisor e o motociclista está sem capacete a gente repara que não há fiscalização.
Daniel também reclama das motos que circulam com as placas viradas. A técnica é tão utilizada em todo o país que já rendeu até mesmo comunidades no Orkut, onde se discutem as melhores formas de dificultar a identificação. Outra infração comum deu origem à comunidade "Eu ando de moto sem carteira", com 8516 membros, onde em um dos tópicos os participantes discutem o que fazer quando esbarram com a polícia: "Correr, implorar ou pagar propina?".
Para Lobão, o colete facilitaria essa fiscalização e permitiria que a população ficasse mais alerta.
- Quem dirige sem capacete não assusta. Mas, caso a lei seja aprovada, quem estivesse sem o colete já seria suspeito - argumenta - A idéia, por certo, levantará muita polêmica, mas é isso mesmo que pretendemos, já que tem comprovação de sua eficácia - ressalta Lobão. Segundo ele, o uso do colete causou uma diminuição de 90% dos delitos praticados com o uso de motos em Bogotá.
O autor da proposta não acredita que os bandidos que usam motos roubadas em crimes passem também a roubar os coletes.
- É um fato novo e vamos ter que nos adaptar para todas as circunstâncias. Mas quem assalta já está nessa vida. Se roubar, vai sem colete
Eduardo Almeida - Globo Online
RIO - Uma nova lei pode obrigar os motociclistas do Rio a andar uniformizados. O presidente do Clube de Cabos e Soldados da Polícia Militar, Jorge Lobão, está preparando para enviar à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) um projeto que obriga todos que dirigem motos no estado a usar um colete com o número da placa nas costas. Caso a proposta vire lei, o motociclista que estiver sem colete estará cometendo uma falta grave e terá o veículo apreendido. Segundo Lobão, a medida foi adotada com sucesso em Bogotá, capital da Colômbia.
Lobão defende a medida alegando um aumento dos crimes praticados com o uso de motocicleta na cidade. O colete é feito sob medida para motociclistas, podendo ser usado por cima de ternos, mochilas ou capas de chuva. Para o autor do projeto a novidade daria maior tranqüilidade aos motoristas da cidade que, segundo ele, já se assustam ao perceber a aproximação de uma moto com dois homens. Neste caso, o colete seria usado pelo carona.
- Pretendemos, com essa nova lei, que os casos de assaltos diminuam. Inclusive podemos garantir que, com os motoqueiros identificados, o número de imprudências no trânsito também irá cair, pois eles não vão poder esconder mais suas placas, como fazem hoje de forma acintosa e criminosa - afirmou Lobão.
O bancário Daniel Duarte, que usa moto todo dia para ir ao trabalho, acredita que a medida não terá eficácia se não houver um aumento na fiscalização.
- É mais fácil fiscalizar as placas. Pela quantidade de moto que não tem placa, não tem retrovisor e o motociclista está sem capacete a gente repara que não há fiscalização.
Daniel também reclama das motos que circulam com as placas viradas. A técnica é tão utilizada em todo o país que já rendeu até mesmo comunidades no Orkut, onde se discutem as melhores formas de dificultar a identificação. Outra infração comum deu origem à comunidade "Eu ando de moto sem carteira", com 8516 membros, onde em um dos tópicos os participantes discutem o que fazer quando esbarram com a polícia: "Correr, implorar ou pagar propina?".
Para Lobão, o colete facilitaria essa fiscalização e permitiria que a população ficasse mais alerta.
- Quem dirige sem capacete não assusta. Mas, caso a lei seja aprovada, quem estivesse sem o colete já seria suspeito - argumenta - A idéia, por certo, levantará muita polêmica, mas é isso mesmo que pretendemos, já que tem comprovação de sua eficácia - ressalta Lobão. Segundo ele, o uso do colete causou uma diminuição de 90% dos delitos praticados com o uso de motos em Bogotá.
O autor da proposta não acredita que os bandidos que usam motos roubadas em crimes passem também a roubar os coletes.
- É um fato novo e vamos ter que nos adaptar para todas as circunstâncias. Mas quem assalta já está nessa vida. Se roubar, vai sem colete