fabiofazer
11-09-06, 19:39
Ja tinha postado em outros foruns mas aqui e bom o pessoal ler tb, abraços
Motocicleta é veículo amputador;
o motoqueiro cavalga a moto
“no Brasil existem dois códigos de trânsito: um para o indivíduo que se locomove sobre quatro rodas e outro para quem se locomove sobre duas rodas. Este não obedece à maioria das regras impostas para os que andam sobre quatro rodas. Dirigem entre os veículos em velocidade superior à permitida, ficam ziquezagueando no meio dos carros, não respeitam a sinalização. Cometem tais infrações ao nosso lado e na nossa frente e nós aceitamos tudo mais ou menos passivamente”.
Essa constatação foi registrada em programa televisivo de Dráuzio Varella, o autor de “Carandiru”. Marco Guedes, ortopedista que dirige o Centro Marian Weiss em São Paulo, também foi questionado por Dráuzio, sobre as outras causas que levam a amputações dos membros inferiores, além do diabetes, quando destacou: “no nosso meio, o trânsito é um fator importantíssimo. Não existem estatísticas confiáveis, mas falava-se que tínhamos um Vietnã por ano no trânsito de São Paulo. Não sei se ainda é assim ou se já temos dois Vietnãs por ano em acidentes com mutilações e mortes. A motocicleta é o veículo amputador por princípio. O motoqueiro cavalga a moto. Qualquer choque atinge primeiro as pernas do condutor. Seus membros inferiores são os pára-choques da motocicleta.”Weiss disse ainda que “segundo nossa estatística pessoal, a única a que posso me referir, 70% das amputações por trauma são provocados por acidentes de moto. Os 30% restantes envolvem acidentes do trabalho, com trens, elevadores e tudo o mais que se possa imaginar.
Esse índice altíssimo de acidentes com motos parece não ser motivo de preocupação. O motoqueiro passar entre os carros, em velocidade, quase que é permitido por lei”.
Indicadores de Acidentes de Trânsito para países selecionados - 2000
País
Taxa de Mortes por 10 mil habitantes
veículos
Japão 1,32
Alemanha 1,46
Estados Unidos 1,93
França 2,35
Turquia 5,36
Brasil 6,80
Perigo sobre duas rodas.
A economia e a praticidade contrastam com o risco que as motocicletas trazem aos motoristas nas principais rodovias do país. Em 2004, foram 3.767 acidentes nas rodovias concedidas de São Paulo. O crescente número de ocorrências envolvendo motociclistas nas estradas chama atenção das autoridades de trânsito, que estudam meios de conter as estatísticas.
O grande número de motociclistas circulando diariamente pelas ruas das principais cidades do Brasil se tornou um problema também para as autoridades responsáveis pela administração das rodovias do país.
De acordo com levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) do mês de março de 2005, são 6.264.051 motos circulando pelo Brasil. Só a região sudeste concentra 2.711.774 desses veículos, 1.582.101 apenas em São Paulo.
“A circulação de motos nas rodovias cresceu muito em todo o país nos últimos anos”, afirma o diretor de operações da Artesp, Sebastião Ricardo. “A motocicleta é um veículo leve e útil. Além disso, tem sido usado por muitas pessoas como uma alternativa ao carro, já que é muito mais barato”, completou.
“Hoje, 70% das pessoas que compram motos o fazem para substituir os carros e o transporte público. São pessoas que estão chegando agora e que ainda não têm tanta malícia na condução das motos”, alertou o presidente da Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), Lucas Pimentel.
E a inexperiência de alguns condutores, somada ao grande número de motociclistas circulando pelas rodovias, é um dos principais fatores que tem deixado a Artesp com o sinal amarelo acesso: os acidentes envolvendo motos têm crescido a cada ano.
“No ano de 2002 e 2003 o número de acidentes com moto cresceu muito e nos assustou. Desde então, começamos a trabalhar as motocicletas como um fator separado”, confirmou Sebastião Ricardo.
E a preocupação da Artesp faz sentido. Nos 3,9 mil quilômetros de rodovias administradas por 12 concessionárias no estado de São Paulo foram registrados 2.260 acidentes envolvendo motos em 2001. No ano seguinte, o número saltou para 2.718.
“Em 2004, nós registramos 3.767 acidentes e, até maio deste ano, já foram 1.697. Proporcionalmente, devemos estourar a casa dos 4 mil acidentes até dezembro de 2005. Estamos com um aumento de praticamente 100%”, adiantou o diretor da Artesp.
Não bastasse o aumento de acidentes, os registros de mortes também assustam. Em 2004, 112 pessoas morreram em ocorrências envolvendo motocicletas nas rodovias concedidas de São Paulo.
“O acidente é, sem dúvida, o nosso maior desafio quando o assunto é motocicleta. Ainda mais porque, em rodovias, esse tipo de acidente é fatal”, considerou Lucas Pimentel.
Apesar de desenvolver trabalhos ao longo de toda estrada, a principal preocupação das autoridades de trânsito está no perímetro urbano das rodovias. “O maior número de acidentes é registrado no perímetro urbano. Em média, são 30 por dia em São Paulo e infelizmente dois deles são fatais”, afirmou o presidente da Abram.
“As regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas apresentam um movimento muito grande de motociclistas e, conseqüentemente, concentram a maior parte dos acidentes”, completou o diretor da Artesp, Sebastião Ricardo.
Para conter o crescimento dos números, a Artesp estuda um trabalho específico de prevenção de acidentes. “Estamos preparando com as concessionárias uma campanha preventiva. Mas essa campanha tem de ser bem feita para atingir toda a categoria. Só outdoor não basta”, finalizou Ricardo.
Motocicleta é veículo amputador;
o motoqueiro cavalga a moto
“no Brasil existem dois códigos de trânsito: um para o indivíduo que se locomove sobre quatro rodas e outro para quem se locomove sobre duas rodas. Este não obedece à maioria das regras impostas para os que andam sobre quatro rodas. Dirigem entre os veículos em velocidade superior à permitida, ficam ziquezagueando no meio dos carros, não respeitam a sinalização. Cometem tais infrações ao nosso lado e na nossa frente e nós aceitamos tudo mais ou menos passivamente”.
Essa constatação foi registrada em programa televisivo de Dráuzio Varella, o autor de “Carandiru”. Marco Guedes, ortopedista que dirige o Centro Marian Weiss em São Paulo, também foi questionado por Dráuzio, sobre as outras causas que levam a amputações dos membros inferiores, além do diabetes, quando destacou: “no nosso meio, o trânsito é um fator importantíssimo. Não existem estatísticas confiáveis, mas falava-se que tínhamos um Vietnã por ano no trânsito de São Paulo. Não sei se ainda é assim ou se já temos dois Vietnãs por ano em acidentes com mutilações e mortes. A motocicleta é o veículo amputador por princípio. O motoqueiro cavalga a moto. Qualquer choque atinge primeiro as pernas do condutor. Seus membros inferiores são os pára-choques da motocicleta.”Weiss disse ainda que “segundo nossa estatística pessoal, a única a que posso me referir, 70% das amputações por trauma são provocados por acidentes de moto. Os 30% restantes envolvem acidentes do trabalho, com trens, elevadores e tudo o mais que se possa imaginar.
Esse índice altíssimo de acidentes com motos parece não ser motivo de preocupação. O motoqueiro passar entre os carros, em velocidade, quase que é permitido por lei”.
Indicadores de Acidentes de Trânsito para países selecionados - 2000
País
Taxa de Mortes por 10 mil habitantes
veículos
Japão 1,32
Alemanha 1,46
Estados Unidos 1,93
França 2,35
Turquia 5,36
Brasil 6,80
Perigo sobre duas rodas.
A economia e a praticidade contrastam com o risco que as motocicletas trazem aos motoristas nas principais rodovias do país. Em 2004, foram 3.767 acidentes nas rodovias concedidas de São Paulo. O crescente número de ocorrências envolvendo motociclistas nas estradas chama atenção das autoridades de trânsito, que estudam meios de conter as estatísticas.
O grande número de motociclistas circulando diariamente pelas ruas das principais cidades do Brasil se tornou um problema também para as autoridades responsáveis pela administração das rodovias do país.
De acordo com levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) do mês de março de 2005, são 6.264.051 motos circulando pelo Brasil. Só a região sudeste concentra 2.711.774 desses veículos, 1.582.101 apenas em São Paulo.
“A circulação de motos nas rodovias cresceu muito em todo o país nos últimos anos”, afirma o diretor de operações da Artesp, Sebastião Ricardo. “A motocicleta é um veículo leve e útil. Além disso, tem sido usado por muitas pessoas como uma alternativa ao carro, já que é muito mais barato”, completou.
“Hoje, 70% das pessoas que compram motos o fazem para substituir os carros e o transporte público. São pessoas que estão chegando agora e que ainda não têm tanta malícia na condução das motos”, alertou o presidente da Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), Lucas Pimentel.
E a inexperiência de alguns condutores, somada ao grande número de motociclistas circulando pelas rodovias, é um dos principais fatores que tem deixado a Artesp com o sinal amarelo acesso: os acidentes envolvendo motos têm crescido a cada ano.
“No ano de 2002 e 2003 o número de acidentes com moto cresceu muito e nos assustou. Desde então, começamos a trabalhar as motocicletas como um fator separado”, confirmou Sebastião Ricardo.
E a preocupação da Artesp faz sentido. Nos 3,9 mil quilômetros de rodovias administradas por 12 concessionárias no estado de São Paulo foram registrados 2.260 acidentes envolvendo motos em 2001. No ano seguinte, o número saltou para 2.718.
“Em 2004, nós registramos 3.767 acidentes e, até maio deste ano, já foram 1.697. Proporcionalmente, devemos estourar a casa dos 4 mil acidentes até dezembro de 2005. Estamos com um aumento de praticamente 100%”, adiantou o diretor da Artesp.
Não bastasse o aumento de acidentes, os registros de mortes também assustam. Em 2004, 112 pessoas morreram em ocorrências envolvendo motocicletas nas rodovias concedidas de São Paulo.
“O acidente é, sem dúvida, o nosso maior desafio quando o assunto é motocicleta. Ainda mais porque, em rodovias, esse tipo de acidente é fatal”, considerou Lucas Pimentel.
Apesar de desenvolver trabalhos ao longo de toda estrada, a principal preocupação das autoridades de trânsito está no perímetro urbano das rodovias. “O maior número de acidentes é registrado no perímetro urbano. Em média, são 30 por dia em São Paulo e infelizmente dois deles são fatais”, afirmou o presidente da Abram.
“As regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas apresentam um movimento muito grande de motociclistas e, conseqüentemente, concentram a maior parte dos acidentes”, completou o diretor da Artesp, Sebastião Ricardo.
Para conter o crescimento dos números, a Artesp estuda um trabalho específico de prevenção de acidentes. “Estamos preparando com as concessionárias uma campanha preventiva. Mas essa campanha tem de ser bem feita para atingir toda a categoria. Só outdoor não basta”, finalizou Ricardo.