Ibitipoca é um parque estadual no sul de minas (a cerca de 70km de Juiz de Fora), com uma área de cerrado bem diferente. O solo é arenoso, de um material chamado quartzito, que é propício a formação de grutas. Desde os meus 20 anos tento ir a Ibitipoca pelo menos uma vez por ano. O clima e vegetação de lá são bêm diferentes do resto da vegetação de mata atlântica tradicional.

Levei a moto de Angra a Itaipava de carro (transmoto). Devem ser uns 300 e poucos km. Em Itaipava tenho ferramentas e mais infra-estrutura para fazer a "manutenção anual" da moto, que inclui limpeza de carburador, troca de óleo das bengalas, troca da graxa da mesa e dos links da suspensão traseira.



No sábado as 5 da manhã já estava tudo pronto pra partir pra Ibitipoca. Devem ser uns 130km pela BR040 e mais uns 70 pela BR267 até Lima Duarte.



BR040 ... estrada boa ... pra um carro ou moto esportiva !



Ainda peguei o final de uma Rave em Juiz de Fora ! Pessoal muuuuuuuito doido. Fiz hora até todos eles pegarem a estrada pois não queria ser atropelado por motoristas drogados. Uma das "integrantes" da Rave destruiu seu PUG206 novinho nos primeiros 3 metros de viajem ao bater no meio-fio. (não tenho preconceito ... tenho até alguns CDs do Infected Mushroom no carro. Só não gosto de Raves na beira de uma rodovia federal.)



BR267, chegando a Lima Duarte. Cheguei logo no dia do "Ibitipoca Off Road" e tive que conviver com aqueles garotões nos seus Audi A6 puxando suas KTMs a 200 por hora dividindo espaço na estrada comigo. Impressionante como eles e seus carros de apoio não têm respeito por nada nem ninguém.

(pelo estado do acostamento dá pra ver como era essa estrada antes de ser recapeada ... já destruí meu carro indo até Caxambu/MG por ela, a 2 anos atras)


Após Lima Duarte, peguei o acesso a Ibitipoca, por 27km de uma estrada de terra bem poeirenta.




Chegando ao arraial de Ibitipoca, fui direto pra pousada pra me livrar de toda a poeira que o pessoal do Rally me proporcionou. Achei pelo google uma pousada bem isolada onde os veículos de 4 rodas quase não alcançam.



Para minha surpresa, na própria pousada já havia uma bela cachoeira, conhecida com cachoeira da madeira ou algo assim. Um desmoronamento de quartzito ficou parecendo uma madeira podre, que deu o nome.



Logo pegamos a moto e nos dirigimos ao parque estadual. Ao passar pela porteira (onde o numero de carros e visitantes é limitado), a vegetação muda. Talvez seja o tipo de solo ou sei lá. Muitos arbustos, vegetação rasteira, bromélias e orquídeas.



O rio que cruza o parque possui água amarelada e espumante. Lembra muito um guaraná ou cerveja ....



Um belo canion esculpido ao longo dos séculos pelo rio de cerveja ...



E uma ponte natural



Do alto da ponte



Descendo um pouco mais




Abismo ...



Mais um "bom" dia terminando. E imaginar que tinha gente vendo caldeirão do Huck ....



Noite na pousada...



A manhã seguinte ...


Antecipei minha volta pois o tempo estava meio chuvoso. A pobre XLX ficou imunda ...




Esta viajem foi feita no ano passado. Dá pra perceber as limitações de minha antiga camera digital. Pretando voltar lá no próximo feriado do dia 15/11, e ir a locais mais distantes e interessantes, como a "Lagoa Seca" e a "Janela pro Céu" ...