Bom pessoasl, abri um novo tópico referente à compra da FYM-FY250 porque o outro já estava longo demais e agora estou resumindo sobre todas as impressões e características da moto e da marca, já que muita gente está atraída pelos bons preços e modelos com visual moderno.
Vou resumir primeiramente os principais problemas que ocorreram, depois relatar os pontos fortes e os pontos fracos da moto e por fim darei minha opinião sobre a marca e a moto:
1-) Principais ocorrências:
- ~200 km: vazamento de óleo pelo retentor que estava cortado (má montagem na China);
- ~300 km: velocímetro e farol pararam de funcionar;
- ~500 km: seta traseira quebrou sozinha e ficou pendurada;
- ~900 km: barulho de válvula e suspensão dianteira muito mole;
- ~1200 km: barulho de válvula novamente (mais forte) e seta caiu novamente;
- ~1800 km: barulho de válvula novamente, desta vez bem mais fraco e até 2000 km permanece inaltarado (não aumentou); caiu botão do banco do piloto;
2-) Pontos fortes da motoca:
- Funcionamento suave na Cidade;
- Posição de pilotagem boa (não cansa);
- Bom torque na Cidade;
- Freios excelentes;
- Suspensão dianteira bem acertada (somente ficou assim depois da revisão de 1.000 km onde foi trocado o óleo das bengalas)

3-) Pontos fracos:
- Autonomia de apenas 250 km não é suficiente para a proposta da moto (estradeira);
- Consumo de 22 km/l na estrada e 25 km/l na Cidade é apenas razoável;
- Torque em alto giro (na Estrada) decepciona; é difícil manter-se acima dos 120 km/h (no velocímetro) mesmo sem garupa (na real seria ~110 km/h a velocidade de cruzeiro dela, ou seja, sem forçar);
- Velocímetro exageradamente adiantado: 90 no velocíemtro Fym = 80 no Honda da Bros do meu amigo; 160 no Fym = 120 num Corsa 1.0 que eu ultrapassei bem devagar;
- Suspensão traseira com curso muito pequeno: a moto pula muito nas costelas (remendos quase que nem lombadas), e costela é o que não falta em Sorocaba;
- Escape inferior muito, mas muito baixo mesmo, chega a bater no chão em curvas com garupa (antes da pedaleira pegar no asfalto o escape bate no chão), já em curva para o outro lado é mais normal (pega só a pedaleira), o que prova que o Projeto do Escape está errado. No futuro (depois da garantia) vou passar o escape inferior para o outro lado, assim fica um escape de cada lado, ambos longe do chão.
- Falta qualidade nos parafusos cromados: após uma chuva aparecem pontos de ferrugem onde se você não limpar com Bombril a peça pode ficar manchada de marrom definitivamente; outras peças cromadas (bengalas, tampa do motor, capa de corrente, etc) não tem este problema. Nota: na garantia da moto é bem expresso que não tem garantia contra ferrugem, entendo que o próprio importador já sabe que os parafusos são ruins e por isso tira estes itens da garantia.
- Câmbio tem algum sistema que não deixa você trocar de marcha sem precisar (com giro baixo). Isso é legal, mas ele também não deixa reduzir se o giro está baixo, então se vc pára em 3ª, 4ª ou 5ª no semáforo, tem que acelerar um pouquinho (dar um toquinho no acelerador) para o sistema deixar você reduzir as marchas. Acredito que isso faz a moto gastar 1 ou 2 km/l a mais. Demorou para mim me acostumar com isso.
- Motor barulhento, o barulho de válvula é característica do motor 2 cilindros paralelos, assim como ocorria na CB-400, cabe ao proprietário se acostumar com o barulho ou então comprar outra moto, pois isso nunca vai sair, após 200 km depois de escalar as válvulas o barulho começa novamente.
- Excesso de vibração acima dos 120 km/h, não condiz com a proposta da moto (estradeira), se bem que é difícil mantê-la em velocidade tão alta então nem sempre se percebe o problema.

4-) Impressões sobre a marca:
Bom pelo menos na concessionária de Sorocaba (Motolab) eles me atenderam muito bem enquanto a oficina estava vazia, tudo que eu pedi eles arrumaram, apenas falaram que trocaram a seta mas era mentira (por isso caiu de novo) e depois da oficina cheia não conseguem mais cumprir os prazos combinados de entrega, mas acho que isso é meio normal porque não esperavam vender tanto, não que isso justifique, mas nas concessionárias Honda, Yamaha, Suzuki e Sundown em Sorocaba são muito piores, acreditem.
As peças são de qualidade inferior às nacionais (Somente a Honda fabrica peças no Brasil, então a única comparação pode ser com a Honda), várias peças são as mesmas utilizadas nas motos da Suzuki, Yamaha e Sundown, inclusive fabricadas na mesma fábrica, mas os preços na autorizada são melhores na Fym.
Pelo que percebi os problemas que aparecem são quase sempre coisas simples e que podem ser arrumadas na concessionária mesmo, tanto na 250 quanto nos outros modelos. O que a maioria costuma reclamar é de setas que vêm já quebradas da China e outras peças como retrovisores e manoplas com pouca qualidade. Em relação à mecânica a 250 tem o problema crônico de válvulas e a cenzinha de R$ 3,5 mil tem aquela capa de corrente integral que quando a corrente bambeia fica betendo na capa, é só esticar a corrente que para, mas quem não entende toda hora fica levando na concessionária, é que a corrente é ruim e fica esticando toda hora. As 125 e 150 falam muito bem, parece que não têm relatos de problemas sobre elas, a Scooter 150 também parece que é ótima.

5-)Veredicto sobre o modelo FY-250:
Nota de 0 a 10: 7 (sete)
Apesar de 250 (na verdade é 233 cc), é bem menos forte do que se espera, na cidade anda junto com CG 150, mesmo tendo 40 quilos a mais, já na estrada está mais para Fan 125 pois até consegue virar o ponteiro até o hodômetro (veloc. real chega a cerca de 140 km/h), mas não mantém, qualquer subida ela cai para 120, 110, até 100 se tiver um pouco de vento.
O consumo não agrada, nem a autonomia (22 a 25 km/l e 250 km), mas deve-se lembrar que ela tem 150 kg a seco.
Moto para quem gosta mais do prazer e do visual forte do que para quem quer andar forte ou andar de moto para economizar ou trocar todo ano de moto. Para revenda não será muito difícil, já que até já recebi propostas. Com o kit de acessórios que já existe completo (pára briza, alforges laterais e traseiro, plataformas, milhas, etc) fica quase clone da Yamaha Drag Star, de quem ela foi copiada, não vai passar vergonha andando com ela no meio de Harley Davidsons, acreditem.

Dúvidas? Perguntem.

Consegui uma Câmera digital, vou postar umas fotos amanhã.