Motociclista morre ao ser atingido por linha de pipa na Linha Amarela
Publicada em 24/01/2008 às 19h51m
O Globo e O Globo Online
RIO - Um motociclista morreu ao ser ferido por uma linha de pipa quando passava pela Linha Amarela, nesta quinta-feira, na pista sentido Fundão, próximo à saída 2. Identificado como Antônio Eduardo Silva de Campos, o motociclista foi ferido no pescoço e caiu na pista. Ele foi socorrido por uma equipe médica da concessionária que administra via e levado para o Hospital Salgado Filho, no Méier. Mas, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde, o motociclista já chegou morto ao hospital.
Motoqueiros, que além além do risco de fechadas, colisões e derrapagens, correm o risco de serem vítimas de um mal quase que invisível. No município do Rio de Janeiro, a preocupação com o grande número de acidentes com linhas de pipa motivou a criação de uma lei proibindo o uso da mistura de vidro moído com cola de sapateiro, para se fazer cerol. A lei municipal 2.424, de 4 de junho de 1996, proíbe a venda comercial e o uso de cerol em linhas de pipas, papagaios, pandorgas e semelhantes.
Menino de nove anos morreu no Natal
No dia 25 de dezembro, o menino Leonardo Araújo Herculano da Silva, de 9 anos, morreu quando brincava no Parque das Missões, em Duque de Caxias. De acordo com parentes, o menino foi atingido no pescoço por uma linha de pipa com cerol e não resistiu aos ferimentos e morreu.
Casos como o de Leonardo, infelizmente, não são incomuns na Baixada Fluminense, onde a prática de soltar pipa usando linha com cerol ainda é muito comum. Em 2001, pelo menos duas crianças morreram depois de serem atingidas por uma linha de pipa com cerol, entre elas um bebê de 1 ano e 8 meses. Em 2000 a vítima foi uma menina de 5 anos, moradora de Nova Iguaçu. Ela andava de bicicleta quando teve a garganta cortada por uma linha de pipa cheia de cerol.