não sei se ja postaram, mas é muito bom o texto apesar de ser longo
fonte: http://hondacbrbrasil.forumativo.com

O Viper acredito que ele se encaixa no tipo Coxinha... hahahahaha

DE MOTOCICLISTAS

Motoqueiro:
Indivíduo
bípede que anda sobre uma máquina que também tem dois pontos de contato
com o solo. Notem que qualquer ser que consegue equilibrar-se sobre os
quartos traseiros pode ser motoqueiro (com o preço que está uma CG 84 a
álcool, qualquer um pode). Quando este indivíduo comprou seu veículo de
duas rodas, acreditava que qualquer coisa sobre o asfalto com mais de
duas rodas é um obstáculo a ser vencido (tem certeza que se tivesse
comprado aquela DT 180 85 daria para pular por cima). Atualmente,
depois de três multas por andar sem capacete, várias mijadas de guardas
por estar de chinelo e sua foto (ou melhor, a da traseira da moto com
ele cobrindo a placa com a mão enquanto "fazia bundão" pro pardal)
espalhada por todas as repartições do Detran, ele É o dono da rua. Sua
próxima aquisição será aquele ferrinho de pôr na rabeta para poder
empinar sem estourar a lanterna traseira...Aí sim vai ser animal passar
nos pardais.

Motociclista:
Ser humano sobre uma
máquina de duas rodas. Se considera a casta nobre dos condutores de
veículos motorizados, pois só anda de capacete, não grita "Volta pra
cozinha!!!!" quando uma mulher inadvertidamente lhe fecha no trânsito e
nunca joga papel de bala no chão. Não consegue ficar 15 minutos sem
pensar na sua possante, e acha que não existe coisa melhor no mundo do
que andar de moto. Se sua mulher deixasse, guardava a moto na sala de
jantar. Mas como não há substituto para sexo, guarda a moto debaixo de
uma lona na garagem mesmo (mas só cobre depois do motor esfriar, nem
que tenha que ir até a garagem as 3:00 horas da manhã mais fria do
inverno para cobrí-la).

Biker:
Ser totalmente sui
generis. Também se considera de uma casta nobre, mas de um filó
absolutamente diferente dos demais. Começou aos 10 anos com uma Caloi
Super, de quadro de ferro e 10 marchas (era o moleque mais rápido do
quarteirão no Polícia e Ladrão sobre bicicletas). Quando cresceu e
virou gente, a 1ª moto que comprou foi uma RD350, que passava horas
lavando e encerando. Divertiu-se muito com esta RD ("Meu, tu não
acredita em quantos minuto fiz do trampo pra casa, e isso ao
meio-dia"). Aí ganhou mais dinheiro, teve dois filhos, trocou a Parati
rebaixada com vidro fumê por um Santana de 4 portas e comprou uma
esportiva. Mais de 130 cavalos, sem contar o condutor, e velocidade
final de 270 km/h (mas com o Coyotão que ele vai colocar vai passar dos
285 frouxo). Sua diversão é subir até o topo da serra e descer, uma vez
atrás da outra, das 8:00 às 11:30 de todo sábado de sol, fazendo todas
as curvas na horizontal. Sempre se veste com uma jaqueta que se liga
por zíper à calça, das cores mais psicodélicas possíveis e que
geralmente custam um valor de 4 dígitos. Quando chega em casa pro
almoço depois do exercício de sábado, a 1ª; coisa que faz é abrir a
jaqueta de guerreiro do futuro pós-apocalíptico e amarrar as mangas na
cintura e em seguida atacar a geladeira atrás de líquidos, pois quase
desidrata de tanto suar dentro do uniforme. Depois de beber dois litros
de água, suco, chá, cerveja, etc, beija a mulher (como sempre ela manda
ele tomar banho porque está fedendo chulé) e vai vistoriar os novos
riscos nas pedaleiras que fez naquelas curvas animais da serra. E pensa
consigo mesmo "Até sábado que vem ponho o Coyote, aí sim vai dar pra
aproveitar toda a potência da moto".

Coxinha:
Na
verdade, esta definição serve para todas as tribos. É aquele ser que
tem um veículo de duas rodas dentro da sala de TV. Acha que o
importante é ficar babando em cima da moto, e só anda com ela nos fins
de semana de sol e quando emenda um feriadão e não vai viajar com a
patroa e os 3 filhos. Seu maior prazer é sair de carro com os amigos e
falar de motos. Quando sai para dar umas voltas (depois de entrar no
site do Inmet para ver se corria risco de tomar chuva naquele sábado de
céu azul), não pára em sinaleiro sem ficar acelerando o motor.
Geralmente sai no gás para frear em cima do carro em frente a 30
metros. Sua política é que moto é a melhor coisa do mundo, mas em
viagem de mais de 30 km é melhor ir de carro por ser mais seguro, ter
rádio toca-fita com magazine de 12 CDs no porta-malas, ar condicionado,
etc. Além do mais, não sei não, mas parece que vai chover semana que
vem, por isso não sei se vai dar pra ir junto com vocês...

Tiro Curto:
Denominação
dada a um ser vivente sobre duas rodas que vai a qualquer encontro, em
qualquer lugar, pagando ou não, com qualquer tempo, mas raramente chega
lá no dia programado. Sempre fica no meio do caminho para arrumar um
probleminha na moto que só depende de se conseguir uma peçinha na
cidade vizinha. A sua moto é o arquétipo da moto ideal, mecanicamente
perfeita, e aqueles barulhinhos irregulares são charme. A bomba de óleo
que estourou ontem, o fluido de freio vazando na semana passada e a
torneira de combustível entupida do último encontro (30 dias antes) são
coisas da vida que acontecem com qualquer um. Geralmente é o 1º a
apoiar a idéia do MC comprar uma carretinha pro carro de apoio ("Lembra
daquela vez que o Ciclano teve de dormir naquele motel pulgueiro? Ainda
bem que não estava junto, já que minha moto estava na revisão, mas se a
gente tivesse a carreta vocês poderiam ter colocado aquela porcaria da
moto dele em cima"). Facilmente reconhecido, pois conhece os nomes de
todo mundo na sua concessionária, do mecânico-chefe ao gerente ao cara
de CG que faz entregas. Quando consegue chegar de volta de um encontro
sobre a moto (e não dentro do carro de apoio) fala pra todo mundo que
este foi um dos melhores encontros que aquela cidadezinha já fez. Muito
melhor que o do ano passado, pois de tanta chuva (na verdade era uma
garoa forte) molhou as velas e teve de dormir num hotel na entrada da
cidade que lhe cobrou uma nota preta. "Este ano foi diferente, a
organização não deixou ninguém nos explorar com hotéis caros... Aquela
mancha de óleo ali? Isso é óleo que jogaram embaixo só para me
sacanear. Esta moto não dá oficina".

CGzeiro:
Começou
com uma Turuna 80 (aliás, impecável) do tio dele e agora esta já na sua
3ª Today. Seu sonho de consumo era uma Titan ES, mas agora com a YBR,
está em dúvida...se a troca de óleo for mais barata pode até pensar.
Entre seus amigos é muito querido, pois além de fazer zerinhos
perfeitos ("aquela vez que a moto escapou e acertou um Palio 16v
estacionado do outro lado da rua foi porque a rua ali na frente do
colégio tem muita pedrinha solta por causa dos ônibus que passam de
monte") faz a melhor antena corta-cerol do bairro. Pensa um dia
escrever para a Duas Rodas e perguntar se não querem fazer um teste com
seu corta-cerol. Numa dessas pode até começar a faturar uns trocados
com os pedidos...

Superbiker:
Ser sobre duas rodas
bastante curioso. Sua filosofia de vida é chegar lá. Não importa onde,
desde que seja rápido. E antes dos colegas com aquelas velharias de
1998. Seu modo de trajar é bastante semelhante ao do biker, mas diferem
por sempre usarem capacetes de fibra de carbono com kevlar trançado,
viseira anti-embaçante e a prova de impactos e cinta jugular acolchoada
de nylon anti-alérgico que pesa somente 127 g. Têm um jeito peculiar de
andar quando estão sobre os próprios pés, pois sempre inclinam a cabeça
para frente para melhorar a penetração aerodinâmica. Não são muito
vistos sobre as motos, pois quando você vai olhar eles já passaram.
Detestam andar devagar, pois o pressurized air charged direct double
induction system só começa a funcionar a partir dos 195 km/h (se bem
que a nível do mar já entra nos 185 km/h). Além do mais, andar a menos
de 200 km/h é coisa de frouxo. São facilmente reconhecíveis nas boates
dos encontros, pois sempre são os primeiros a chegar, e quando se
pergunta a um deles se o túnel na BR ainda estava em reformas eles
respondem "Reformas? Não vi máquina nenhuma...". Outra característica
marcante é seu ódio descomunal a insetos. Isto porque dói pra cacete
levar uma besourada no pescoço a 298 km/h. Acredita piamente que até o
ano 2010 estarão em produção motos de série que rompem a barreira do
som ("Aí sim vai dar para curtir o vento no rosto...").

Cruiser (Custom):
Seu
nome é derivado do tipo de moto de duas rodas que pilotam. Sua
filosofia de vida é ir, não importa quanto tempo leva nem se vão chegar
lá. Só ouvem rock, e respiram couro e comem cromo. Se não for cromado
não presta. Vestem-se dos pés a cabeça com roupas de couro (até no
capacete as vezes), incluindo-se cuecas e meias, geralmente na cor
preta. Além do couro, adoram usar penduricalhos presos a roupa, como
correntinhas, broches, etc. Não gostam muito do verão por que no sol
toda esta roupa preta esquenta pra cacete. Consideram-se os bad boys do
reino de duas rodas, mas a maioria pede: "por favor, não fala palavrão"
e até respeitam mulheres no trânsito. Também não gostam de insetos,
pois como geralmente usam elmos abertos, detestam comê-los quando estão
pilotando. Nos encontros, se você perguntar se o túnel na BR ainda está
em reformas, respondem com detalhes, pois andam tão devagar que
conseguem até ler o nome nos crachás dos trabalhadores.

Trilheiro:
Este
ser não faz parte da fauna urbana, pois só se sente a vontade quando
está no meio do mato. Seu credo é "no barro é que me realizo". Estes
bípedes só são felizes quando estão com barro até a cueca, já que andar
no asfalto é coisa de mariquinha. Quanto mais chover melhor, pois assim
a trilha estará bem enlameada. É um dos poucos seres sobre motos que
sabe lavar roupa, pois sua mulher se recusa a pôr a mão ou deixar que a
empregada lave aquela imundície que é a roupa dele andar de moto.
Detestam os coxinhas e flanelinhas (ver abaixo), já que moto limpa não
presta e é no mínimo coisa de fresco. Não vão muito a encontros, pois
só existem encontros em cidades, nunca na terra ou no mato, e andar no
asfalto é coisa de mariazinha.

Flanelinha:
Também é
um categoria de ser, sendo encontrado em todas as tribos e filos. Este
ser bípide tem como meta na vida deixar sua moto brilhando. Não existe
coisa pior que mancha ou sujeira. Também são uns dos poucos que lavam
roupa, pois só usam roupa limpa ao andar de moto para não sujar o
banco. Nos encontros que vão (apenas na época de seca e somente em
cidades limpas) ganham todos os prêmios de moto mais bem conservada.
Caracteristicamente sempre carregam um paninho, pois sempre pode
aparecer uma sujeirinha. Conhecem de cor nomes e fabricantes de todas
as marcas e tipos de cêras e polidores, além de conseguirem citar de
traz para frente a sequência de lavagem de sua moto. Uns chegam ao
ponto de plastificar a moto inteira ("Sabe como é, radiação
ultra-violeta pode danificar a pintura. Nunca dá pra descuidar"). Nos
encontros, para achá-los é só ir onde estão as meninas em trajes
mínimos lavando motos. Geralmente tem um flanelinha ajudando ou
ensinado elas a lavar.

Estradeiro:
É uma espécie de
nômade, que ainda não conseguiu criar raízes em lugar algum. Na dúvida,
ele pega a estrada, não importa pra onde, desde que seja longe. Também
não se importa em quanto tempo vai levar ou se tem alguma coisa lá, o
importante é ir. Uma de suas características é transformar a moto num
motorhome, com malas, alforjes, bagageiros, mochilas e pochetes por
tudo, sempre com um 2º capacete em cima da pilha mais alta. Ó único ser
sobre duas rodas que acha que talvez não seja totalmente verídica a
estória que todo caminhoneiro tem a mãe na zona. Afinal, naquela viagem
do mês passado ao Aconcágua que fez saindo pela Transamazônica, foi um
caminhoneiro que lhe deu carona de volta a Manaus quando o pneu
traseiro rasgou. Também não gosta de insetos, porque deixam aquela
mancha verde na viseira. Sempre que se encontrar um estradeiro e ele
disser já volto, desconfie, pois pode resolver que faz tempo que não
vai às Missões e só voltar dali a um mês. Se pudesse, trocaria o irmão
mais novo para ir de moto à Daytona. Saindo da Terra do Fogo, é claro.

Motoclube:
Uma
reunião formal, legalizada e com estatuto de seres sobre duas rodas.
Normalmente, é composto por apenas uma espécie de ser, e todos são
identificados por uma jaqueta ou colete de preferência bem surrados com
uma figura nas costas e escrito embaixo "Pelo asfalto, minha vida" ou
qualquer outro dizer imperioso assim. Quanto mais coisas e
penduricalhos conseguir colar, costurar ou amarrar no colete ou
jaqueta, melhor. Seus integrantes, nos encontros, só se misturam com
integrantes de outros MC de seres da mesma espécie, e sua principal
diversão é falar mal dos encontros pagos e das outras espécies. Alguns
até tem sede própria, onde fazem as reuniões para decidir que encontro
pagos vão boicotar ou qual membro vai ser punido por não usar o broche
do grupo no último encontro que foram. A maior ocupação de seus
integrantes é confeccionar adesivos para poderem trocar com os outros
MC e aí colar no painel da sede. Os Motoclubes mais abonados mandam
pintar o carro de apoio, a carretinha e a sede inteira com as cores do
grupo, e com uma baita brasão na parede (no carro de apoio colocam
aqueles adesivos magnéticos com o emblema do MC nas portas). Para se
relacionar bem com estes seres, é necessário certo conhecimento de
zoologia para se poder saber qual o bicho é o animal que adotaram como
símbolo (além dos seus hábitos, se é carnívoro, onde se encontra, seus
ritos de acasalamento, etc.).