Boas gentes,
Sempre tive curiosidade e interesse em um ciclocomputador, ainda mais se instalado na moto.
Fiz uma pesquisa sobre modelos e preços. encontrei várias opções, e a que mais me interessou principalmente nos quesitos custo, benefício e qualidade foi o Cateye Velo 5, devido às funções e a qualidade do aparelho.
É um ciclocomputador básico, tem as funções de velocidade instantânea, velocidade máxima, odômetro total, odômetro parcial, relógio e é à prova d'água. O que mais me interessou foi a apresentação da velocidade instantânea junto com o relógio, item muito útil em paineis de motocicletas.
Aí a pergunta do mão de vaca: precisa do reloginho? o velocímetro da moto tá quebrado? Se pensarmos ao pé da letra não há necessidade de instalar um velocímetro adicional. Porém sempre quis instalar um relógio na moto. Tentei fazer uma adaptação com um relógio de pulso e uma abracadeira diferente, mas a moto ficou no sol e o display do relógio ficou todo preto. Ou seja, gambiarra para ter o relógio não funciona.
Então juntei a fome com a vontade de comer. O velocímetro da minha moto só funcionava legal quando era novo. De uns tempos para cá, mesmo tendo lubrificado o cabo, o ponteiro sobe até os 90 e para, a moto continua acelerando mais e o ponteiro lá nos 90, e de repente pula pro 120. Ou seja, já não está lá essas coisas, e acrescentando o desejo de um relógio no painel, desembolsei R$55,00 pelo ciclocomputador.
Antes de comprar o reloginho, conversei com o mecânico da bicicletaria sobre a instalação do imã e do sensor, conversei com o mecânico da oficina que eu frequento sobre balanceamento da roda com o imã instalado, e com tudo de acordo, comprei o velocímetro.
Acima, as peças utilizadas. O kit do ciclocomputador, um cabo dessas fontes de telefone sem fio para aumentar o comprimento do cabo original, esta chapinha com dois furos que eu fiz para prender o sensor, dois parafusos do disco de freio e a trava dos mesmos. Para soltar os parafuso do disco, usei uma chave combinada fixa/estrela 12mm. Nenhuma outra chave deu certo.
Tive que fazer uma alteração inicial - aumentar o comprimento do fio do sensor, que é curto para instalar o sensor na ponta da bengala. Acima, as soldas das emendas, que foram cobertas com espagueti termo-contrátil. Na falta desse, uma fita isolante boa e bem aplicada também resolve. Abaixo, o conjunto sensor e soquete pronto.
O segredo da montagem está aqui, na tal chapinha, já preformada. O furo maior vai no parafuso do disco e o menor no parafuso do sensor magnético. Percebam que na foto abaixo, eu cortei e arrematei uma das aletas da trava do parafuso do disco de freio, para poder ajustar a posição da chapinha com o sensor depois de montado.
Arranjei uma porca na medida da rosca do parafuso do sensor, uma arruela e esse "espaçador" de plástico, que na verdade é um isolador elétrico de transistor encapsulamento TO-220. Abaixo, já montado o magnético no disco de freio e preso o sensor na bengala.
Subindo o cabo pela bengala e passando junto com o flexível do freio, preso por um espiral preto, desses para organizar cabos que vendem em supermercado, que será substituído por fita isolante em breve.
Instalando o soquete do ciclocomputador,
Arrematando uma pequena sobra do cabo. Olha uma das emendas aí! Eu soltei o farol pelos suportes laterais para facilitar o serviço.
Agora um ponto importante na instalação - a calibração. Passei um pedaço de fita crepe na volta toda do pneu, estiquei no chão e medi exatamente 191 centímetros, valor que configurei no ciclocomputador.
Testando o funcionamento, foi difícil pôr a roda pra girar e tirar foto quase que ao mesmo tempo...
Este foi o resultado da brincadeira. Domingo saí com a moto e rodei uns 200 quilômetros. Funcionou muito bem, constatei que o velocímetro da moto funciona mal e "rouba" pelo menos 10Km/h :0_0: Registrei velocidade máxima de 108,2Km/h, quando o ponteiro deu aquele "pulo" na marca dos 120Km/h. O único detalhe que não agradou tanto assim foi a taxa de atualização, em torno de pouco menos de 1 segundo. Mas nada mal, nada ruim, só não é instantâneo como um analógico...
De um modo geral, gostei do ciclocomputador na moto, que agora posso ter noção da velocidade real que eu ando, e do relógio que fica mostrando a hora e não dá problema! E também percebi que a Yes é fraquinha de final.. :s
Estou pensando em um "esqueminha" para fazer no relogio, já que ele é removível, para ficar como uma espécie de chaveiro na chave da moto. Mas nõ sei se vai dar certo, pois não tem como prender uma argolinha, nada, por fora. Acho que o melhor vai ser ficar esperto com o novo acessório!
Fica a dica para quem gosta deste acessório e tem intenção de instalar. Abraços,