Esses dias um motorista quase me MATOU pq, acredito eu, acha que todo motociclista é bandido!
Estava vindo por uma estrada escura, em Arraial do Cabo, RJ, quando notei que um Celta prata fazia as curvas em zigue-zague, perdendo o ponto e entrando na contra-mão na maioria delas. Era um local ermo e escuro, e todo mundo ali anda rápido. Eu me mantive longe dele, acompanhando-o em certa velocidade. Mas LONGE dele, até pq com o meu segundo acidente aprendi a manter uma BOA distância do carro da frente. Não mais do que de repente, o Celta FREIA forte na minha frente, com a clara intenção de que eu me afundasse na traseira dele com a minha esposa. Se eu não estivesse bem atrás dele e o freio da minha CB não fosse tão bom, teria morrido ou me machucado seriamente. Passei por ele perguntando qual era o problema dele (sem xingar), e fui embora. Minha surpresa é que o motorista colou na minha traseira, apagando o carro completamente por várias vezes, numa demonstração de que queria me assustar ou até mesmo me derrubar. Dei passagem para ele por várias vezes, mostrando que eu queria q ele fosse embora. Ele não passava. Ele só passou quando eu joguei no acostamento da pista e freiei. Ele acelerou e continuou o processo de entrar nas curvas pela contra-mão...

Mas pq isso tudo?

Aparentemente o velho retardado (sim, um senhor e sua senhora) achou que a minha esposa e eu fôssemos bandidos engarupados, e que eu o estava seguindo. Eu não o ultrapassei só pq ele dirigia perigosamente, e não pq eu queria me manter atrás dele. Em certo momento ele tentou me derrubar, talvez achando q isso resolveria o seu problema. O despreparo dele é tão grande, que se eu REALMENTE fosse um bandido e minha esposa garupa estivesse armada, ele teria morrido várias vezes depois da freiada frustrada dele, pois ele fez questão de se manter muito próximo à minha moto. Seria muito fácil acertá-lo.

Esse preconceito contra o motociclista tem que acabar. Não existe mais a figura do motoqueiro arruaceiro. Hj há pais de família andando de moto. Vamos pensar nisso. Principalmente os motoristas.