Até um tempo atrás eu pensava que essa tecnologia era brasileira, mas descobrí que as patentes e direitos sobre essa tecnologia são todas estrangeiras (Bosch, Magneti Marelli e Delphi) apesar de ter tido uma grande colaboração brasileira, os royalties são todos estrangeiros.
Uma pena. O texto abaixo explica quem desenvolveu, a quem pertence e quem vai lucrar com as patentes.
http://www.dnabrasil.org.br/site/pub...0Paper%201.pdf
Aquí só o prefácio:
Prefácio
O impacto potencial da tecnologia Flex é muito grande. Ela libera os consumidores da dependência exclusiva dos produtores de petróleo ou de álcool, permitindo que o álcool venha a competir direta e gradativamente com a gasolina, abrindo o mercado de álcool em países que não possuem uma rede de distribuição dedicada. Ela permite uma transição gradual dos combustíveis fósseis para os combustíveis renováveis, criando um mercado estável para os combustíveis renováveis.
Quando uma parte significativa dos combustíveis líquidos consumidos no mundo for produzida a partir de processos fotossintéticos, muitos países vão literalmente cobiçar nosso lugar ao sol.
Quando foram divulgados os planos de exportação desta tecnologia para o resto do mundo ocorreu-me que a tecnologia Flex tinha o potencial de ser um segundo Santos Dumont. Tal como ocorre com o avião, quando o mundo estiver usando a tecnologia, todos vão esquecer que ela foi criada no Brasil. Não vamos receber o crédito ou sequer os “royalties”.
Veio daí a idéia de pesquisar e divulgar a história do desenvolvimento desta tecnologia. O que se segue é uma primeira versão, resultado das pesquisas iniciais da jornalista Evelyn Carvalho Teixeira. Está longe de ser um trabalho acadêmico ou exaustivo, mas talvez estimule outros a continuar.
O trabalho destrói alguns mitos brasileiros, como o que a pesquisa brasileira só é feita em universidades, que é financiada somente pelo governo ou que empresas multinacionais não fazem pesquisa no Brasil.
Se você quer saber quem desenvolveu a tecnologia Flex, a quem ela pertence e quem vai lucrar com as patentes, leia o que se segue.
O trabalho de Evelyn foi financiado pelo Instituto DNA Brasil e pela Fundação Semco, a quem agradecemos o suporte financeiro.
Fernando Reinach, outubro de 2005