>
>Madrugada o telefone toca:
>
>
>- Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio.
>
>- Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum
>problema ?
>
>- Ah, eu só tô ligano para avisá pro sinhô que o seu papagai morreu.
>
>- Meu papagaio? Morreu? Aquele que ganhou o concurso?
>
>- É, ele mesmo.
>
>- Puxa ! Que desgraça ! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho!
>Mas...ele morreu de que ?
>
>- Di cumê carne estragada.
>
>- Carne estragada ? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
>
>- Ninguém. Ele cumeu a dum dos cavalo morto.
>
>- Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?
>
>- Aqueles puro-sangue que o sinhô tinha ! Eles morrero de tanto puxá
>carroça d'água !
>
>- Tá louco ?Que carroça d'água ?
>
>- Pra apagá o incêndio !
>
>- Mas que incêndio, meu Deus ?
>
>- Na sua casa ....uma vela caiu, aí pegô fogo nas curtina !
>
>- Caramba, mas aí tem luz elétrica ! Que vela era essa?
>
>- Do velório !
>
>- VELÓÓRIO?!!! De quem ?
>
>- Da sua mãe ! Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando
>que fosse ladrão!
>
>
>