Sempre ilustro com uma história que vivi em 2001 quando fui para Itália, no circuito de Rimini, testar a nova Suzuki GSX-R 750. Era um grupo de jornalistas de revistas de várias partes do mundo, inclusive dois brasileiros!
No meio de uma colorida turma de pilotos-jornalistas tinha um senhor com seus quase 60 anos, de macacão preto, capacete preto, mas um senso de humor dos mais coloridos. Entrei na pista junto com ele achando que logo passaria pelo “tio”. Eu o olhava de longe e percebia que ele quase nem saía com o corpo de cima da moto. Pilotava muito redondo e carenado. Foi um sufoco encostar e passar por ele...
Depois fiquei sabendo que se tratava de um sul-africano ex-piloto do mundial de 500 (não gravei o nome), mas que pilotava muito rápido de uma forma muito limpa e clássica.
Quando questionei sobre o estilo de pilotagem, ele respondeu em tom de brincadeira:
- Se meu joelho encostar no asfalto pode ter certeza que ele se soltou do resto do corpo!
Em motos de baixa potência, como a categoria Twister ou 125, o pêndulo nas curvas pode provocar tanto arrasto aerodinâmico que atrapalha mais do que ajuda. Quando eu corria na 125 Especial procurava ficar muito carenado e só abria o joelho em curvas de baixa para ajudar a equilibrar minha (pouca) massa! Eu não gosto de encostar o joelho no asfalto, pelo contrário, prefiro ficar mais embutido na carenagem.