A CB1100 está entre as motos mais belas da minha lista (ao menos entre as em produção), super classica, design de muito bom gosto, sobria, sem frescuras.
1° YBR 125K
2° (Atual) CBX 250 Twister
http://www.pequenasnotaveis.net/thre...BX-250-Twister
"Quando corremos pensamos na vida, ficamos em silêncio, ouvindo apenas o barulho do motor." - Paul Walker
Cara, essa bmw encheu meus olhos, é difícil explicar, a moto é linda sem ter nada de mais em design. É linda de forma simples. Acho que se fosse pra mudar algo nela seria a cor dourada das bengalas. Se fosse preta ficaria mais linda ainda.
http://www.youtube.com/watch?v=m_mEZEOWNZw
Opa
Da uma olhada aqui se tiver tempo, tens a história dela e no final outra ficha técnica que também diz ser o mesmo peso. Acredito que seja isto mesmo!
"Na década de 70, a Honda liderava com folga, entre os fabricantes de motos graças ao sucesso retumbante de sua CB 750 K que, inclusive, foi considerada a moto do século.
Mas como tinha um enorme interesse no mercado americano, em veículos de 4 rodas, colocou seus melhores engenheiros para criar toda uma nova geração dos automóveis Honda Civic e Accord.
De 1969 a 1975 a CB 750 permaneceu praticamente inalterada, aparecendo somente a CB 750 F, que nada mais é do que uma CB 750 K com nova roupagem.
Esta confortável liderança foi seriamente ameaçada com o aparecimento das Kawasaki Z1 900 cc que, com seu magnífico motor com duplo comando de válvulas, desbancou as Honda CB 750 K do seu trono. Surgiu aí a necessidade da Honda produzir uma nova moto para desbancar a supremacia da Kawasaki e colocar-se novamente numa posição de vanguarda.
Em dezembro de 1977, os engenheiros que, outrora estavam se dedicando aos automóveis, começaram estudar dos caminhos que poderiam ser seguidos para a criação de uma nova e revolucionária moto.
As dúvidas recaiam sobre três opções:
- O motor da GL 1000 poderia ser usado ? A qual potência poderia chegar este motor ?
- Fazer um novo motor 4 cilindros em linha com 1000 cc, duplo comando de válvulas e 16 válvulas baseado no motor usado nas Honda RCB 1000 que corriam nas 24 horas de Bol d'Ór .
- Partir para um projeto totalmente novo, com um motor 6 cilindros em linha, duplo comando de válvulas e 24 válvulas, diferente de tudo que havia no mercado, e que fosse tão superior à concorrência que calaria os que acreditavam que a Honda tinha adormecido para o mercado de motocicletas e que não conseguiria retornar ao topo deste.
A terceira alternativa foi escolhida e, bem ao estilo Honda, o motor teria que ter alta potência a alto giro. Chamaram para integrar a pequena equipe que idealizaria a moto o Sr.Shoichiro Irimajiri , um engenheiro aeronáutico que ingressara na Honda em 1963 e que idealizou os motores que ganharam os campeonatos mundiais em 1965 ( 50 cc, 2 cilindros, 8 válvulas com Ralph Bryans - 125 cc, 5 cilindros, 20 válvulas com Luigi Taveri – 250 cc, 6 cilindros, 24 válvulas com Mike Hailwood ), 1966 ( 250 cc, 6 cilindros, 24 válvulas com Mike Hailwood ) e 1967 (250 cc, 6 cilindros, 24 válvulas com Mike Hailwood ).
A experiência de Irimajiri com os motores 6 cilindros o credenciou a ser o responsável pelo projeto da primeira moto 6 cilindros de produção em grande escala.
A idéia era tentadora, mas o primeiro grande problema deste projeto seria o peso da moto, talvez muito superior aos 250 kg, um limite colocado pela equipe que a estava idealizando – daí a necessidade do uso de materiais nobres pela primeira vez em uma motocicleta.
A primeira vista o motor da CBX é praticamente idêntico ao motor da RC 166 250 cc - campeã mundial de 1965, 1966 e 1967 – por isso a facilidade e rapidez em desenvolver o motor.
Ao mesmo tempo era desenvolvido um novo motor 4 cilindros em linha refrigerado a ar ( Que originou o motor da Honda CBR 1000 anos mais tarde ), que já na bancada de testes tinha comprovado ser extremamente leve e muito mais rápido que o motor 6 cilindros.
Este fato foi comprovado nos testes de pista, mas havia algo sobre o motor 6 cilindros da CBX que o fazia mais excitante que o 4 cilindros – o ronco do escape, a sensação de aceleração única, a ausência de vibrações mesmo a altas rotações – algo que não podia ser defendido em números como velocidade e peso faziam da CBX uma máquina verdadeiramente excitante.
Como a proposta era fazer uma máquina totalmente nova e revolucionária, uma verdadeira "Superbike", diferente de tudo que já tinha sido feito antes, o projeto da CBX 6 cilindros foi escolhido.
No final de 1978, a Honda assombrou o mundo motociclístico com a incrível CBX 1050 com 6 cilindros. Quando foi apresentada, era simplesmente a síntese de tudo que uma motocicleta de alta performance poderia ter naquele momento.
Com 6 cilindros, 6 carburadores, duplo comando de válvulas operando 24 válvulas, o motor produzia 103 HP no virabrequim, fazendo a moto percorrer o quarto de milha em 11,55 segundos ( A única moto a baixar dos 12 segundos na época ) e chegar aos 222 km/h ( A moto de venda ao público mais veloz da época ).
Era a mais rápida, mais potente e mais veloz moto de série que o mundo tinha visto até então , com uma notável e quase inacreditável tecnologia embarcada.
Os engenheiros da Honda, liderados por Irimajiri foram audaciosos - Construir um motor 6 cilindros era uma coisa, mas fazer um motor de produção em massa que atenda aos padrões de durabilidade e performance da Honda e que fosse dócil de usar já era um verdadeiro milagre.
Também foi a primeira vez que uma moto de série usava duralumínio e magnésio, o que antes só era concebido em motos de competição.
Uma especial atenção foi dada ao fato de que a enorme potência disponível teria que poder ser utilizada sem jogar ao chão quem a pilotasse. Não é difícil criar uma moto potente, mas é extremamente delicado torná-la acessível para a maioria pilotá-la.
Partindo do maior pneu traseiro disponível na época, foram dimensionados a balança traseira e as suspensões – o motor teria que caber no que sobrou !
Pela primeira vez uma moto foi construída com um quadro com estrutura tipo diamond - leve, rígido e forte !
Todo o esforço foi feito no sentido de tornar o motor o mais compacto possível.
A bancada de cilindros foi deslocada à frente num ângulo de 30º e os carburadores foram deslocados para o centro da moto a fim de livrar espaço para as pernas.
Se observarmos bem, este motor é apenas 50mm mais largo que o motor da CB 750 K, o que foi conseguido colocando o gerador de pulso e o alternador numa árvore secundária atrás do virabrequim.
A imprensa americana ficou encantada com a moto – a revista Cycle Magazine, quando publicou o primeiro teste, disse :
"A moto é mais do que rápida ; ela é mágica. Uma análise mais detalhada de suas credenciais técnicas nos leva ao céu. Conhecendo a moto reconhecemos que as únicas tendências que a Honda segue são as criadas pela própria Honda, sem compromisso com nenhuma outra existente. É a moto mais exótica e mais carismática que jamais testamos. Não há dúvida que a CBX é a máquina de série que acelera mais rapidamente, entre todas as motos que já foram produzidas ".
No Brasil, a revista Duas Rodas Motociclismo, em seu primeiro teste com a moto, publicou:
"Projetada como uma verdadeira moto de competição, talvez a maior qualidade da CBX seja o fato de estar colocada ao alcance de todos, e não só dos pilotos dos grandes prêmios."
Já na época se sabia que a moto seria uma das mais colecionáveis entre todas as motos produzidas e que nunca, jamais seria esquecida.
Com um produto deste quilate nas mãos, a Honda mais uma vez estabeleceu a supremacia total no mercado motociclístico da época, voltando ao topo.
Irimajiri, no entanto voltou ao anonimato depois de sua criação, voltando a cena no campeonato mundial como o responsável pela mítica NR 500cc 4 tempos, 32 válvulas e pistões ovais, mas esta é outra história.
A CBX foi produzida somente durante 4 anos, e as produzidas em 1979 tornaram-se as mais desejáveis e colecionáveis, pois em 1980 a produção da moto passou para os Estados Unidos e, com a nova legislação americana sobre poluentes, determinou-se uma redução na potência das motos conseguida às custas de mudanças na carburação, curva de avanço e comando de válvulas.
Em 1981 a moto foi equipada com suspensão traseira Pro-Link , bolsas laterais e carenagem, transformando-se assim numa Touring e teve sua produção encerrada no final de 1982 .
Foram produzidas em torno de 42.000 motos nestes 4 anos.
O mundo não estava preparado para uma moto 6 cilindros como ela – isto aconteceu depois – com a introdução da GL 1500 6 cilindros em 1988 e a Valkyrie em 1997.
Hoje em dia, quando as motos esportivas de alta cilindrada escondem seus motores atrás da carenagem, o tamanho do motor da CBX parece loucura. Vendo a moto sob qualquer ângulo o motor não deixa de chamar a atenção. Então imaginem o impacto desta moto em 1978 !
Hoje as motos são muito mais populares do que há 20 anos, então o foco das montadoras é a produtividade e o custo envolvidos na fabricação - será muito pouco provável ver outra moto com um motor 6 cilindros em linha, novamente, no futuro.
As únicas outras 3 motos a fazer companhia à CBX neste seleto clube são a Kawazaki Z 1300, Benelli 750 Sei e Benelli 900 Sei, mas estas ficarão para outras matérias.
Ficha técnica:
Dimensões
Comprimento 2.240 mm
Largura 780 mm
Altura 1.150 mm
Peso a seco 249 kg
Capacidade tanque 20 l
Reserva 5 l
Motor
Cilindrada 1047 cc
Diâmetro e curso 64,5 x 53,4 mm
Compressão 9,3;1
Carburadores 6 X 28 mm Keihin
Potência máxima 103 HP@ 9.000 rpm
Torque máximo 8,6 kgf.m@ 8.000 rpm
Capacidade óleo 5,5 l
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Linda mesmo, "sem ter nada em design"
Maioria das motos antigas são mais bonitas que de hoje em dia, não sei dizer.
Elas tem algo que encanta, mesmo não apresentando nada para melhorar a "beleza" da moto...conseguem ser mais encantadoras que as atuais.
Última edição por Rodrigo. D; 11-02-14 às 21:00.
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Moto muito estilosa, deve chamar muito a atençao essa branca desse video:
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Legal Rodrigo, muito interessante o texto. Realmente a 1050 foi e continua sendo uma moto fantástica, era o melhor da tecnologia de seu tempo e continua tendo muitos fãs.
O interessante é que na nova 1100 podemos ver muitos elementos que remetem às grandes motos dos 70's, e combina isso com traços que não deixam dúvidas de que se trata de uma motocicleta moderna, ao contrario da Bonneville, por exemplo, que se passa tranquilamente por uma motocicleta antiga.
1° YBR 125K
2° (Atual) CBX 250 Twister
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