A identidade visual e mais os vários modelos da marca que definem uma espécie de "escadinha", fazem parte da sacada comercial da Honda de fidelizar o cliente. O cabra começa em uma Titan 160 mas com desejo imenso de chegar a uma 650 F ou mais. Muitos conseguem, outros ficam na baixa cilindrada mas felizes pelo fato daquela CB Twister que ele recém comprou ser "parecida" com a 500 F ou com a 650 F.
A nova Twister reflete o momento: tem economista dizendo que o Brasil talvez retome seu crescimento só lá 2018, há uma dificuldade tremenda em se obter financiamento, principalmente para a baixa renda, o "produto" dinheiro está cada vez mais caro - e raro, é natural que a Honda aposte em modelos de baixo custo e preço final mais próximo da realidade, apesar da CB Twister ser uma moto cara como qualquer moto no Brasil.
Lembrem-se de que a Honda trabalha com metas de vender muitas milhares de unidades/ano de um modelo. Não interessa para a Honda lançar uma moto semelhante à Yamaha R3, por exemplo, passa de 20 mil reais o preço final, vai vender algumas centenas de unidades. Para a Honda isso não interessa, a não ser lançamentos de motos para testar mercado como foi com a CBR 250 que era importada e de propósito foram montadas poucas unidades. No caso dessa CBR a Honda já sabia que era uma moto para testar e que venderia pouco.
A gente perde a paciência com os lançamentos da Honda que sempre são variação do mesmo tema, mas se analisar o lado CNPJ, ela continua dando de relho nas outras montadoras no que diz respeito a lucro - que é o objetivo de qualquer empresa, né?