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GOVERNADOR VALADARES _ Três pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada na falsificação e venda de carteiras de motorista foram presas e um menor apreendido, ontem, em Governador Valadares, no Leste de Minas, durante uma operação da 5ª Companhia de Missões Especiais do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM). Todas as prisões foram feitas na casa de Gilberto Estevão Lima, 33 anos, suposto líder da quadrilha, na Rua Marechal Floriano, 2.835, Bairro de Lourdes.
A audácia da quadrilha surpreendeu os policiais militares que a investigavam há quatro meses. Além da falsificação, classificada como 'grosseira e de péssima qualidade', Lima mora ao lado da 5ª Companhia de Missões Especiais. Cada Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa era vendida por cerca de R$ 700,00. Segundo o tenente Rúbio Ricardo Moreira, as investigações foram iniciadas com base em denúncias anônimas feitas pela comunidade.
Ao chegar ao endereço, na manhã de ontem, a PM prendeu em flagrante o vendedor Adriano Cardoso, 22 anos, quando ele saia do interior da residência com três carteiras de motorista falsas em um envelope. Cardoso estava acompanhado pelo menor L.J.O., de 14 anos, que foi apreendido. Dentro da residência, prenderam o suposto líder, Gilberto Estevão Lima, e a mãe dele, a dona de casa Olívia Djanira Rosa, 55 anos.
Segundo o tenente, a mulher foi presa por ter tentado difi cultar a ação, agredindo os PMs. Uma suposta atuação dela na quadrilha será investigada. Um dos desafios da polícia agora é descobrir onde funcionava a central de falsificações, já que nenhum maquinário para produzir a CNH foi encontrado na casa de Lima.
No local foram apreendidas cópias de documentos pessoais de supostos clientes, várias fotos 3x4 e dezenas de notas promissórias de valores diversos. No bolso de Lima teriam sido encontradas também duas pedras de crack.
A PM fez busca em um hotel próximo ao Posto Planalto, na BR-116, mas nada encontraram. 'O Gilberto utilizava o hotel para fazer contatos e negociações, mas não encontramos nada aqui. De qualquer forma, estamos perto de descobrir onde a falsificação era feita', informou o tenente.
Lima negou qualquer envolvimento com o crime e disse que as CNHs apreendidas com Cardoso não estavam na casa dele. Já Cardoso, por sua vez, contou que uma pessoa que se identificou como 'Rogério', que seria de São Paulo, ligou para o seu celular pedindo que fosse à casa de Lima buscar as três CNHs. 'Estava apenas fazendo um favor', disse.
A informação seria apurada pela polícia durante as investigações, que continuam hoje e que terão como alvo os 'clientes' de Lima identificados ontem através do material recolhido.